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Jéssica Rodrigues quer inspirar os mais jovens e estar nos Jogos Olímpicos de Inverno

Data de publicação
12 Fevereiro 2025
11:16

Jéssica Rodrigues só queria mostrar ao mundo que é capaz e que um português, mesmo sem gelo no país, “pode fazer coisas giras”, esperando agora inspirar os mais novos, enquanto procura qualificar-se para os Jogos Olímpicos.

“Claro que vou para a prova a pensar que vou fazer história, mas o que eu realmente quero é saber o que é ganhar. Eu fiz aquilo, mas não estava a pensar em prize money, nem nada. Só queria ser eu e mostrar ao mundo que sou capaz e que um português, mesmo sem gelo, pode fazer coisas giras”, resume à agência Lusa.

A patinadora madeirense, de 18 anos, sagrou-se no domingo campeã do Mundo júnior de patinagem de velocidade no gelo, na disciplina de mass start, em Collalbo, Itália, conquistando o primeiro título mundial para Portugal nos desportos de inverno.

Jéssica Rodrigues inscreveu o seu nome na história do desporto nacional ao vencer a competição com 32 pontos, superando a espanhola Rodríguez Cornejo (21) e a norte-americana Marley Soldan (10), com a também lusa Francisca Henriques a somar seis pontos para ser quarta.

“Quando fui campeã do mundo, era óbvio que eu não estava a pensar nestas coisas todas, só queria ser campeã do mundo. Mas espero bem que a modalidade cresça um pouco com isto e mesmo com a posição dos meus colegas”, assume, referindo-se também a Afonso Silva, que foi sexto em masculinos na mesma prova.

A patinadora madeirense confessa que “queria muito” que as crianças e os mais jovens olhassem para ela e para os seus colegas e os encarassem “como um exemplo a seguir” e tivessem vontade de experimentar a patinagem no gelo.

Jéssica Rodrigues já tinha obtido o melhor resultado de sempre de um patinador português numa prova da Taça do Mundo de juniores, ao ser quarta em mass start, em dezembro, em Tomaszów Mazowiecki, na Polónia.

Já este ano, em 26 de janeiro, obteve o primeiro diploma olímpico de um atleta português em Jogos de Inverno, no caso os Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno, realizados em Gangow na Coreia do Sul, ao terminar no sexto lugar na mesma disciplina.

Agora, inevitavelmente, sonha com Milão-Cortina e com a estreia em Jogos Olímpicos de Inverno (em elites) em 2026.

“Eu quero muito ir aos Jogos Olímpicos de 2026. Neste caso, deste ano, acho que é o meu maior objetivo, no entanto não é tão fácil quanto parece”, ressalva a patinadora, que costuma treinar na Alemanha ou Países Baixos, em estágios que duram duas ou três semanas.

A jovem portuguesa explica que, para assegurar uma vaga em Itália, precisa, primeiro, de fazer mínimos para as Taças do Mundo seniores.

“Quando os conseguir, eu vou estar na divisão B. Depois, tenho de ganhar a divisão B para passar para a divisão A e, depois, nessa tenho de ficar nos 16 primeiros. E atenção que a prova que eu ganhei não dá o apuramento, tenho de fazer provas individuais, em que não há contacto com ninguém. É só o atleta e o tempo. Ou seja, é muito mais difícil”, pontua.

Os Jogos Olímpicos de Inverno Milão-Cortina2026 estão agendados entre 06 e 22 de fevereiro, nas cidades de Milão e de Cortina d’Ampezzo, ambas no nordeste de Itália.

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