O Madeira Street Arts Festival, que vai na sua 7.a edição, carimba a aposta da organização na diversidade artística e cultural. A iniciativa volta a transformar as ruas do Funchal — e, cada vez mais, outros pontos da Madeira — num palco aberto às mais variadas expressões de arte urbana.
“À imagem dos anos anteriores, a nossa aposta vem sempre pela diversidade cultural e por explorar todas as artes de rua possíveis”, explicou Rúben Silva, da organização. O programa deste ano inclui artes performativas, estátuas vivas, graffiti, hip-hop, breakdance, malabarismo, magia, humor entre outras formas de expressão. “Queremos que o festival seja um verdadeiro chamariz para madeirenses e visitantes”, sublinhou.
Criado há mais de sete anos, o festival realiza-se anualmente, tendo passado do verão para o mês de novembro. Segundo Rúben Silva, a mudança permitiu “fugir às grandes atividades que acontecem durante o verão” e gerir melhor o orçamento. “Na altura, as passagens aéreas eram muito caras e ocupavam grande parte do orçamento. Em novembro, conseguimos ter mais verba disponível para trazer artistas internacionais e contribuir para que haja cultura e arte ao longo de todo o ano na Madeira”, recordou.
A organização mantém a ambição de levar o festival além do Funchal. “Quando criámos o festival, chamámo-lo Madeira Street Arts e não Funchal Street Arts. A ideia sempre foi chegar a todos os concelhos da região”, afirmou a mesma voz, referindo o interesse em levar o evento também ao Porto Santo e a outros municípios. No entanto, reconhece que o desafio financeiro é grande, dado que “este é um festival sem bilheteira”, o que dificulta a gestão de um cartaz internacional.
Este ano, o festival reúne cerca de 75 a 80 artistas, número que pode aumentar com as inscrições de última hora na Madeira Street Battle, a competição de hip-hop e breakdance que continua a receber participantes. No total, 13 nacionalidades estão representadas, reforçando o caráter global e multicultural do evento.
Ao longo das edições, o Madeira Street Arts conquistou um público fiel e deixou marcas no panorama artístico regional. “É um sentimento muito bom ver como o festival cresceu. Sinal de que identificámos algo que faltava preencher no calendário cultural madeirense”, destacou o organizador.
Rubén Silva recorda que as estátuas vivas foram um grande chamariz desde o início. “Na Madeira, praticamente não existiam apresentações deste género. Hoje, já é comum, e até formámos artistas locais através do Teatro do Bolo Caco, que agora participam em festivais internacionais e ganham prémios”, acrescentou.
Com mais de sete anos de história, o Madeira Street Arts Festival afirma-se como um espaço de celebração da criatividade, da inclusão e da arte no espaço público, projetando a Madeira como um ponto de encontro de culturas e talentos de todo o mundo.