A exposição biográfica ‘muitas vidas, um coração’ com curadoria de Sílvia Chícharo, concebida para assinalar os 90 anos de João Carlos Abreu será inaugurada esta sexta-feira, dia 5, pelas 16h30, no Colégio dos Jesuítas – Universidade da Madeira, podendo ser visitada até ao dia 19 de dezembro, em dias úteis, das 10h às 16h.
Esta exposição, promovida pela Secretaria Regional de Turismo, Ambiente Cultura, constitui uma homenagem institucional a uma das figuras mais marcantes da cultura madeirense, cuja vida se distinguiu pela dedicação à arte, à escrita, à amizade, às viagens e à promoção da identidade cultural da Região Autónoma da Madeira.
Organizada em torno de um percurso predominantemente foto-biográfico, a mostra dá continuidade ao trabalho iniciado com a publicação do livro “Porta-retratos de João Carlos Abreu” (2020), da Direção Regional da Cultura. O visitante é conduzido por oito núcleos temáticos, que apresentam momentos determinantes do percurso pessoal, profissional e literário do autor. Os núcleos são compostos por títulos e citações retirados das suas próprias obras — livros, crónicas e artigos — permitindo que a voz do homenageado esteja presente de forma direta e autêntica ao longo do percurso expositivo.
muitas vidas, um coração evidencia a amplitude do legado de João Carlos Abreu: um legado plural, generoso, inquieto e permanentemente orientado para o diálogo com o outro. A exposição reflete uma vida profundamente enraizada na Madeira, mas, simultaneamente, aberta ao mundo, guiada pela paixão, pela sensibilidade estética e pela humanidade que o autor sempre soube cultivar e partilhar.
Para assinalar a abertura da mostra, o Secretário Regional de Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, sublinha o impacto transversal de João Carlos Abreu na afirmação cultural e turística da Região. “João Carlos Abreu é uma personalidade absolutamente incontornável da Madeira. O seu nome está ligado à modernização da nossa oferta cultural, à projeção internacional do arquipélago e à capacidade de mostrar ao mundo uma Madeira sensível, criativa e profundamente humana”, afirmou.
O governante destacou ainda que o contributo de João Carlos Abreu “vai muito além das funções públicas que desempenhou”, referindo que a sua escrita, a sua visão artística e o seu empenho em promover o diálogo entre culturas “construíram pontes que continuam vivas e que influenciam novas gerações”.
Eduardo Jesus acrescenta ainda que a exposição a inaugurar sexta-feira “é um reconhecimento da Madeira a alguém que sempre colocou a identidade cultural da Região no centro da sua vida e do seu trabalho”, acrescentando que o legado de João Carlos Abreu “merece ser revisitado, celebrado e mantido vivo”.