Podiam passar estes dias à lareira, junto ao pinheirinho enfeitado, cobertos com mantas de lã para escapar ao frio e com uma chávena de cacau quente nas mãos. Seria (erradamente) de esperar que se sentassem à mesa com os familiares para degustar um bom bacalhau, peru ou um saboroso prato de carne vinho e alhos. Mas não. Neste Natal, voluntários saíram das suas casas para oferecer atenção, amor e companhia àqueles que mais precisam.
Veja os exemplos:
Álvaro Pereira, de 63 anos, voluntário no Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA) há cerca de 12 anos. Ontem, dia que muitos passaram com os parentes, dedicou-se àquela que considera que “é igualmente família”.
Delegado de Informação Médica de profissão e natural de Coimbra mas residente há vários anos na Madeira, após passar por um divórcio, viu-se sozinho na quadra festiva e, desde então, começou a dedicar o seu Advento às pessoas em situação de sem-abrigo.
Manuel Vieira foi outro dos voluntários a relatar a sua experiência ao JM. Hoje, vai visitar um idoso que vive sozinho e está confinado à própria residência, devido às suas dificuldades locomotoras.
“Ao longo do ano, há pessoas que passam muito tempo sós e é exatamente para elas que trabalhamos, para lhes proporcionar um coração cheio e que possam passar o Natal – e todas as festas – com o maior carinho e amor possível”, evidenciou o voluntário de 68 anos.
Por sua vez, Filomena Valdeiras, no dia de hoje, é outra das voluntárias que sai de casa para ir entregar mimos e companhia. No seu caso, dedica horas deste Natal aos “animais que também são família”.
Esta quinta-feira, a benfeitora passará tempo no abrigo da associação Patinhas Felizes, onde 14 ‘bichichos’ esperam pelos seus afetos. E petiscos!
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