Nuno Perry, diretor de Serviços de Cibersegurança do Governo Regional, afirmou hoje que o ciberataque contra o sistema informático do SESARAM foi o maior, em termos de extensão e impacto, registado no setor da saúde na Região.

Por isso mesmo, e com base em outros ataques já ocorridos, o responsável prevê que a recuperação do sistema será lenta.
"Não é algo que se revolva num dia", asseverou.
No entanto, no que toca aos registos clínicos, Nuno Perry afirmou que, até ao momento, não há indícios de que estes tenham sido comprometidos, mas admite a possibilidade de outros dados, nomeadamente pessoais, terem sido alvo de infiltração e exploração, a qual poderá ter começado antes de o ataque ter sido detetado.
Mais avançou que o ataque foi reivindicado por empresa, mas o diretor dos serviços de cibersegurança do governo regional não avançou qual a entidade em causa, uma vez que se encontra a decorrer a investigação, a qual apurará a veracidade da origem do ataque. No entanto, não houve qualquer pedido de resgate.
O responsável mais pediu à população para ficar atenta aos e-mails e SMS recebidos em nome do SESARAM, pedindo cautela.
Já Filipa Freitas, vice-presidente do Conselho de Administração do SESARAM, revelou que está a ser preparado um sistema paralelo.
Até estar pronto, vários serviços continuam a operar em papel, existindo especialidades que continuam a operar mesmo em termos da sua atividade clínica não urgente, como é o caso dos centros de saúde e da oncologia.

Edna Baptista