Festa da Flor já mexe com a construção dos tapetes florais e muitos turistas a passear pela Avenida Arriaga.

Tapetes florais, uns quantos. Cor, uma profusão delas: verdes, amarelas, lilases, vermelhas. Há para todos os gostos e feitios. Desde as hortênsias aos antúrios, sem descurar, é claro, as margaridas as espécies agradam a visitantes que, de máquina fotográfica em punho, vão registando os apontamentos decorativos.

Nem a ornamentação das 10 barraquinhas que engalanam a Placa Central, que amanheceu diferente do habitual, ficou ao acaso. Qualquer imagem ou descrição acaba por ser insuficiente para a alegria, primeiro contida, depois, mais notória que paira neste local. Que o digam os madeirenses que acordaram cedo e, num ápice, afluíram a este ponto nevrálgico da Festa da Flor para não perderem pitada da abertura. E não foram poucos. Ainda tentámos contar, mas às tantas, entre os que se mantêm e os que vão chegando, todos entusiasmados em torno das atrações florais, perdemos o fio à meada. "Está bonito!", eis a exclamação que granjeou unanimidade.

«A Madeira é um Jardim», já dizia a canção e, de facto, para além dessa verdade plasmada nos tapetes em construção, certinho é que os sons, especialmente os mais harmoniosos, ecoam nestas bandas. Tudo para animar a manhã de sol descoberto e calor humano.

Das tantas atrações destacam-se o Pavilhão dos Concertos que, note-se, será palco de muita música e boa energia entre as 15h00 e as 19h00. Também o Mercado das Flores e dos Produtos Regionais, aqui situado, constitui uma boa oportunidade para deambular pelo que de melhor tem a Pérola do Atlântico.

Ressaltar ainda a realização da 66.ª Exposição da Flor, no Pavilhão da Flor, entre as 10h00 e as 20h00. Iniciativa da responsabilidade da secretaria regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Mas, se gosta mais dos bordados, saiba que existe um certame dedicado a ele. Pois bem, o Pavilhão do Bordado Madeira e Artesanato Regional - organização do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM) está de ‘portas’ abertas até às 19h00.

A festividade prossegue a bom ritmo e, para amanhã, está agendado um dos momentos mais icónicos com a construção do Muro da Esperança, iniciativa que acontece desde 1979 e leva muitas crianças à Praça do Município para depositar a sua flor num apelo à Paz. O momento acontece entre as 10h00 e as 13h00 e, conforme revelou ontem Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura, o muro será feito nos mesmos moldes do ano passado. Por uma questão de precaução as escolas não foram convocadas a reunir-se, em massa, com os seus alunos. Todavia, cada educador está convidado a se dirigir ao local com os mais pequenos para renovar a esperança num mundo melhor.

O ponto mais alto da festividade está marcado para domingo (dia 3), com o regresso do cortejo alegórico pelas 16h00.

De recordar que a Festa da Flor envolve, nesta edição, um orçamento na ordem dos 700 mil euros, afirmando-se como um dos cartazes turísticos de excelência da Madeira. Prova disso é a ocupação turística a rondar os 62%. Indicador que já faz lembrar valores antes da pandemia.

Romina Barreto