Foi ontem realizado um exercício de um alerta de tsunami para testar a velocidade de reação de vários países numa situação real. A Madeira esteve presente no simulacro através do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC). Foi o quarto exercício internacional, a primeira vez em que teve a participação de operacionais da Madeira.

O exercício "Neamwave21", na componente 'Command Post Exercise (CPX)' contou com a participação do Serviço regional de Proteção civil (SRPC), numa organização no de "sistema de alerta precoce para a Região do Atlântico Norte, Mediterrâneo e Mares Conexos". O objetivo deste exercício foi avaliar os planos locais de resposta ao tsunami, aumentar a preparação para tsunami e melhorar a coordenação em toda a região.

Em Portugal, o exercício foi coordenado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e ainda pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), e contou com operacionais madeirenses que "foram testados os procedimentos de notificação / comunicação entre o Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil - CNEPC e todas as entidades nacionais que partilham competências nesta área", revelou, em comunicado, o SRPC.

Além desses, ao nível nacional participaram a Marinha, os vários corpos de bombeiros do litoral e de localidades no estuário de rios, bem como outras entidades com responsabilidade em operações de socorro.

No alerta deste simulacro estiveram envolvidos, entre as 08:30 e as 14:00 horas, as entidades de gestão de emergências de Marrocos, Espanha, Dinamarca, França, Alemanha, Reino Unido e Irlanda, em conjunto num "Centro de Alerta de Tsunamis".

O simulacro foi o cenário do terremoto de Lisboa de 1755, onde se seguiu um marmoto que atingiu todo o sul de Portugal. O Maremoto de 1755 foi resultado direto do grande sismo com epicentro no Atlântico Nordeste que a 1 de novembro de 1755 destruiu a cidade de Lisboa e outras localidades no litoral sul de Portugal e Espanha e na costa noroeste de Marrocos.

Paulo Graça