O Sindicato dos Professores da Madeira, endereçou uma Carta Aberta a Miguel Albuquerque, que aponta as suas motivações para a realização da greve, que decorrerá no próximo dia 12, apontando soluções que os façam dar um passo atrás na paralisação.
No documento, a entidade sindicalista, aponta que a redução de cerca de 3,6 Milhões de euros, na proposta do Orçamento Regional (ORAM) de 2026, para “Recuperação do tempo de serviço, progressões e valorização do Pessoal Docente nos estabelecimentos regionais de ensino”, explicando que esta perda coloca em causa a recuperação “dos 3 anos perdidos pelos docentes que vincularam antes de 2011, nas transições entre carreiras, de um ou dois anos perdidos pelos docentes que tiveram de esperar por vaga para aceder aos 5.º e 7.º escalões da Carreira Docente” e dos “períodos de tempo (que podem ir de alguns meses a mais de 6 anos) referentes aos momentos de congelamento dos docentes que estavam afetos ao Ministério da Educação ou à Secretaria Regional dos Açores”.
Sem o ORAM 2026 ainda aprovado, o sindicato aponta, que o Governo Regional tem nas mãos o cancelamento da greve dos professores, caso sejam dadas “garantias que o orçamento contemple as verbas necessárias para a regularização da Carreira Docente”, aquando da deslocação, amanhã, de uma delegação do SPM à Secretaria Regional da Educação.
O SPM, reiterou, ainda, que estas recuperações que estariam previstas, “não são um privilégio”, considerando ser “reposição da justiça, uma vez que milhares de docentes foram prejudicados nas suas carreiras”.