Paulo Cafôfo, presidente do PS/Madeira e líder da bancada parlamentar socialista na Assembleia Legislativa da Madeira, começou a sua intervenção hoje na apreciação global da proposta do Orçamento Regional para 2025 fazendo “uma homenagem à memória do padre Martins Júnior”, antigo deputado parlamentar da UDP e do PS, e que faleceu recentemente.
“O padre Martins ensinou-nos, com humildade e coragem, que não há verdadeira política sem humanidade”, disse, defendendo que “a sua memória deve inspirar-nos”.
Sobre a proposta de orçamento, afirmou que “neste orçamento nem tudo é mau e nem tudo é bom”, e que “a vitória eleitoral não dá ao Governo o monopólio da razão, nem torna este orçamento intocável”. Por isso, apresentou um conjunto de propostas e anunciou que irá abster-se na votação de hoje.
Crítico do modelo de governação do PSD, “que é fechado e centrado em interesses instalados”, Paulo Cafôfo defendeu “um caminho diferente: mais justo, mais próximo das pessoas e virado para as verdadeiras prioridades”.
“Não acreditamos em orçamentos que sirvam apenas para alimentar clientelas, dar benesses unicamente com fins eleitoralistas, repetir promessas não cumpridas ou manter políticas de fachada que não têm verdadeiro impacto na vida das pessoas”, disse.
Cafôfo acredita que é possível “encontrar pontos de convergência” com o Governo e, por isso, quer “cortar custos nas gorduras do governo, para investir nas necessidades das pessoas”, nomeadamente, cortando nos “cerca de 33 milhões de euros por ano em tachos”, nas sociedades de desenvolvimento que “continuam a ser autênticos sorvedouros de dinheiro” e a “renegociar as parcerias público-privadas, concretamente as concessões da Via Expresso e da Vialitoral”.