O Partido Socialista acusou, hoje, o anterior executivo PSD/CDS na Câmara Municipal do Funchal de ter deixado a habitação para trás, desperdiçando vários milhões de euros que já haviam sido protocolados para este efeito.
Na sessão da Assembleia Municipal, que está a decorrer ao longo do dia, a deputada Isabel Garcês alertou para o cenário de crise habitacional que se vive presentemente no Funchal, vincando o flagelo que está a atingir as famílias de baixos rendimentos, as famílias da classe média, os jovens e também as famílias monoparentais dando conta que a capital madeirense é um dos municípios mais caros do País para comprar ou arrendar casa.
De acordo com o comunicado distribuído às redações, a parlamentar terá lembra que, em 2020, já estava protocolado com o IHRU, ao abrigo do programa ‘1.º Direito’, o financiamento de 28 milhões de euros para a construção de 202 fogos no Funchal, mas, em quatro anos, “a inércia do executivo anterior PSD/CDS fez com que se perdessem 23 milhões de euros, correspondentes a 169 fogos”. Como apontou, a vereação anterior apenas conseguiu avançar com 33 fogos na Nazaré.
Isabel Garcês perguntou ao presidente da autarquia como vai colocar no terreno os empreendimentos da Penha de França, do Bairro da Ponte, da Quinta das Freiras e a requalificação de cinco edifícios no centro do Funchal com apenas 5,1 milhões de euros inscritos no orçamento para 2026. “Onde irá este executivo buscar a restante verba necessária?”, questionou.
A socialista referiu-se ainda à polémica relacionada com as licenças de Alojamento Local em prédios de habitação cooperativa, perguntando se a suspensão temporária das licenças durante seis meses é a solução para o problema e pedindo informações sobre o processo de regulamento municipal para o AL no Funchal.