O projeto de resolução, que recomenda ao Governo Regional a abertura urgente de um processo negocial com vista à correção de injustiças na carreira docente e à valorização e dignificação da profissão docente na Região Autónoma da Madeira, motivou uma ‘guerra de professores’ no plenário madeirense.
“Foi o Chega quem negociou estas reformas e o JPP quer agora se apropriar desta causa, com um trabalho que não fez”, disse Manuela Gonçalves, deputada do Chega que, tal como Miguel Ganança, o deputado do JPP, que apresentou a proposta, é docente de profissão.
Gonçalo Maia Camelo, advogado, julgou em causa alheia, mas também lhe parece uma redundância o projeto de recomendação do JPP, num tema que, destacou, foi já negociado e estará em andamento, “não concluído, mas iniciado”, ressalvou, detetando tentativas de “marcar posição”, caso o processo em curso seja concluído com sucesso.
Além dos mais, o deputado único da Iniciativa Liberal não deixou de estranhar que ‘todos’ os temas de educação levado ao Parlamento, digam respeito aos professores.
“Não há mais nada para discutir na Educação”, questionou.
Regressando aos professores / deputados, Válter Correia disse que o projeto de resolução do JPP não é mais de que mais uma demonstração “da sua habitual demagogia e populismo”, para “efeitos eleitorais: quer ganhar votos e simpatia”, disse, enaltecendo a ação de Jorge Carvalho na Secretaria Regional ao longo dos últimos 10 anos.
Isabel Garcês, do PS, igualmente professora, condenou afirmações de Válter Coreia, que terá aludido a “falsos problemas”, enquanto Patrícia Spínola, do JPP, também docente, alinhou pela mesma tónica de clamar contra o deputado social democrata, no que toca “à demagogia”, reiterando, igualmente, que os problemas são reais.