A coordenação do PPM Madeira manifestou hoje preocupação com aquilo que classifica como “mais um caso suspeito de lavagem de dinheiro” na Zona Franca da Madeira (CINM), alertando para o impacto que sucessivos episódios de alegada corrupção e esquemas financeiros podem ter na imagem externa da Região.
Em nota de imprensa, o partido considera que pode ser “prejudicial para o bom nome da nossa região estarmos constantemente envolvidos em casos e casinhos, ora de corrupção, ora de lavandarias e lavagens de dinheiros”, sublinhando que a Zona Franca volta a ser colocada sob suspeita.
O PPM sustenta que “a União Europeia já vê com maus olhos o próprio Governo Regional” e lembra que Bruxelas “já veio dizer que se mostra relutante e até já chumbou a extensão de ajuda ao CINM”, o que, na visão da estrutura partidária, pode “prejudicar seriamente as empresas sediadas na zona franca que trabalham honestamente” e, em consequência, afetar negativamente a economia madeirense.
Nesta reação, a coordenação do PPM Madeira critica ainda a postura do Executivo madeirense, defendendo que “em vez de tentar desvalorizar e branquear estas suspeições, deveria ser o primeiro interessado em colaborar para manter limpa a imagem do CINM”.
O partido lamenta igualmente “o silêncio de alguns partidos com assento parlamentar”, que, afirma, “ainda não se pronunciaram sobre os vários casos de suspeitas que têm vindo a público”. Segundo o PPM Madeira, essas forças políticas “é que deveriam ser os primeiros a reagir e a defender os interesses dos madeirenses que os elegeram, mas parece que andam atualmente adormecidos e sem interesse em abordar temas que prejudicam seriamente os interesses dos madeirenses”.