O candidato da CDU à Câmara Municipal do Funchal, Ricardo Lume, defendeu este domingo que é “urgente devolver o Funchal à sua população”, denunciando o que considera ser situações de exclusão social e territorial que afetam milhares de funchalenses.
Numa ação de contacto com a população no centro da cidade, o candidato afirmou que “a CDU escolheu abordar o direito à cidade porque assistimos, todos os dias, à expulsão de quem vive e trabalha no Funchal”. “As pessoas estão a ser afastadas do centro da cidade em nome da turistificação, de modelos de reabilitação urbana elitistas e de políticas de habitação que excluem em vez de integrar. O povo do Funchal está a ser expropriado dos seus lugares de pertença”, afirmou.
Ricardo Lume alertou ainda para o risco de o concelho se tornar “uma cidade de fachada, um concelho apenas para ‘inglês ver’, onde os residentes são tratados como figurantes num palco montado para turistas e estrangeiros endinheirados”.
O candidato acusou as atuais políticas de empurrarem a maioria “para guetos, para periferias sem dignidade e sem direitos”, acrescentando: “Negam-nos o acesso à habitação, dificultam a mobilidade, falham no saneamento, cobram impostos e serviços que não se traduzem em qualidade de vida. Os funchalenses sentem-se espoliados da sua cidade.”
Como alternativa, a CDU defende “uma nova ação política que devolva o Funchal à população, garantindo o direito à cidade para todos”. Nesse sentido, Ricardo Lume apelou à mobilização popular: “Está nas nossas mãos construir um Funchal mais justo, participativo e com futuro. Queremos uma cidade onde a habitação, o trabalho, o espaço público, os transportes, o ambiente, a saúde, a educação, a cultura e o lazer estejam ao serviço de quem aqui vive e trabalha. Só assim poderemos garantir o bem-estar coletivo.”
“Contamos com cada cidadão que recuse ver o Funchal transformado numa cidade de fachada. Juntos, ergueremos os alicerces de uma nova política democrática, feita para as pessoas e com as pessoas”, conclui.