O deputado Paulo Neves, eleito pelo PSD/Madeira à Assembleia da República, criticou ontem a postura “desadequada e injusta” do deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega, durante a discussão sobre a proposta do Orçamento de Estado para 2026.
Reiterando a sua confiança de que o Orçamento venha a cumprir os compromissos assumidos com a Região e lembrando que tanto o reforço das transferências para a Madeira – no valor de 80 milhões de euros, que se somam aos 214 milhões de euros previstos – quanto a descida prevista da taxa de IRC para 13% “são medidas positivas que foram assumidas pela governação de Luís Montenegro”, o deputado do PSD/M considerou que as críticas do Chega “não fazem qualquer sentido” no presente e desde que a AD está na governação nacional.
“Se o senhor deputado tivesse feito essa intervenção nos oito anos de governação do Partido Socialista, eu diria que era adequada, porque tudo aquilo que o senhor deputado disse era uma crítica não a este Governo, nem ao anterior Governo do PSD, mas aos Governos do Partido Socialista”, disse, o deputado social-democrata, dirigindo-se Francisco Gomes, e ironizando que o deputado do Chega “deve ter ido aos seus arquivos buscar um discurso do antigamente contra o Partido Socialista para o fazer agora”.
Paulo Neves disse ainda ser injusto criticar a postura que o Governo da República tem vindo a assumir para com a Madeira quando, apontou, a Região vai receber mais verba das transferências que lhe competem do Estado e vai também cumprir a descida do IRC para 13%, tal como no resto do País. Medidas que, frisou o deputado, numa nota enviada às redações pelo partido, resultam diretamente da atuação do Executivo de Luís Montenegro e que não correspondem “à bola apregoada pelo Chega”.
“Portanto, senhor deputado, o senhor teve muita bola, muita bola, mas não marcou golo nenhum, porque o senhor foi desadequado e foi injusto”, rematou, citado na mesma nota.