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Palestra sensibiliza alunos da Francisco Franco para sustentabilidade alimentar

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Data de publicação
24 Março 2023
10:52

Sustentabilidade alimentar e Agricultura biológica foi o tema da palestra que Lénia Jardim e Rosa Gonçalves, da Divisão de Agricultura Biológica da Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico, proferiram na Escola Secundária de Francisco Franco, numa iniciativa do Clube de Ecologia Barbusano em parceria com o CEF - Técnico de Controlo de Qualidade Alimentar.

A palestra teve início com o esclarecimento, por parte da professora Elsa Araújo, do Clube de Ecologia Barbusano, do significado da sustentabilidade alimentar e a sua relação com a agricultura biológica. Neste sentido, explicou que a sustentabilidade alimentar pressupõe a produção de alimentos com o respeito pelo meio ambiente, assegurando o equilíbrio dos ecossistemas e a preservação da biodiversidade. Implica também a garantia do bem-estar animal, não infligindo sofrimento desnecessário aos animais. É, de igual forma, importante para a saúde dos consumidores, na medida em que assegura o consumo de alimentos isentos de químicos e de outras substâncias nocivas. Além do referido, assegura a justiça social, garantindo que os produtores sejam remunerados justamente.

Seguidamente, a engenheira Lénia Jardim elucidou sobre os métodos e os produtos utilizados na pecuária intensiva que não respeitam o bem-estar animal. Para além disso, na agricultura intensiva os trabalhadores expõem-se a substâncias que poderão ser prejudiciais. Apresentou, ainda, um conjunto de situações reveladoras dos impactos associados a este modo de produção, como: a poluição dos solos; dos aquíferos e das linhas de água (com a consequente perda de biodiversidade); a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal. Referiu um conjunto de patologias associadas ao consumo destes produtos, tendo enfatizado que o modelo atual de produção alimentar não garante sustento para toda a Humanidade, persistindo desigualdades a nível global.

A engenheira Rosa Gonçalves deu a conhecer as várias técnicas utilizadas na agricultura biológica em termos de fertilização, controlo de infestantes e de pragas, assim como de doenças. Informou que não é permitido o uso de fertilizantes químicos neste modo de produção, pelo que se adotam métodos naturais, como a compostagem, adubos verdes (leguminosas, por exemplo), rotação de culturas, consociação, entre outros. Esclareceu que o uso de herbicidas não é admitido, sendo feito o controlo de ervas daninhas com o recurso ao corte e ao arranque das mesmas e a métodos, como o empalhamento e a utilização de animais (ovinos e galinhas). Enfatizou que o controlo de pragas (ratos, caracóis, insetos, entre outros) é feito através de métodos naturais, usando armadilhas e auxiliares, como as joaninhas, por exemplo. Salientou que no controlo de doenças (fungos, bactérias, nemátodes) não é permitido o uso de produtos químicos de síntese, sendo autorizados, em alternativa, o cobre (calda bordalesa) ou o enxofre, entre outros.

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