A Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil apresenta esta manhã, em sede de discussão na especialidade do Orçamento Regional para 2026, uma proposta orçamental que consolida a saúde e a proteção civil como prioridades estratégicas do Governo Regional.
Com um montante global a rondar os 550 milhões de euros, este é o maior orçamento setorial da Região Autónoma da Madeira, traduzindo um forte compromisso com as pessoas, a sustentabilidade do sistema e a inovação.
De acordo com Micaela Freitas, mais do que uma proposta financeira, o orçamento para 2026 representa um investimento na vida dos madeirenses e porto-santenses, assegurando cuidados de saúde dignos, modernos e universais, bem como a proteção de pessoas, bens e do ambiente. Salientou que o documento resulta do contributo de um vasto conjunto de profissionais da saúde e da proteção civil e assenta em vários eixos estratégicos, com destaque para a contratação e formação de profissionais, a melhoria das condições de trabalho e o reforço da capacidade de resposta do Serviço Regional de Saúde.
A aposta na promoção da saúde e na prevenção da doença mantém-se como uma prioridade, conforme nomeou, com o reforço dos cuidados de saúde primários, campanhas de literacia em saúde e a continuidade dos rastreios de base populacional, que já incluem seis programas ativos, entre os quais o rastreio à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, implementado recentemente.
Está ainda prevista a criação de um site do Centro de Rastreios da Região, para facilitar o acesso à informação por parte dos utentes. No domínio da modernização, o orçamento prevê o alargamento da rede de teleconsultas, a digitalização de processos clínicos e administrativos e o recurso crescente à inteligência artificial. Entre os projetos estruturantes destaca-se o desenvolvimento do Registo de Saúde do Utente (RSU), plataforma que permitirá centralizar a informação clínica dos cidadãos, melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e garantir uma visão mais rigorosa das listas de espera.
A saúde mental assume igualmente um papel central, com o reforço da Rede de Cuidados Continuados, a criação de Equipas de Apoio Domiciliário em Saúde Mental, a revisão dos acordos com as Casas de Saúde Mental e o aumento do número de camas contratualizadas.