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"O Governo é negligente na gestão do setor primário", acusa CHEGA Madeira

JM-Madeira

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Data de publicação
24 Agosto 2023
9:37

O CHEGA-Madeira acusou, hoje, o Governo Regional de ser negligente na gestão do setor primário, apontando especialmente falhas na gestão da banana e das pescas.

No entender do partido, embora este setor dê um contributo modesto para o produto interno bruto regional e desempenhe um fundamental na estrutura social madeirense e porto-santense, nomeadamente ao nível do emprego, da subsistência das famílias e da colaboração que dá a outras indústrias, como a restauração e o turismo, este continua a ser desvalorizado, não sendo alvo de uma "gestão consciente, criteriosa competente e vocacionada para a real melhoria das condições de trabalho, dos rendimentos e da qualidade de vida daqueles que se dedicam à agricultura e às pescas".

"Não tem sido essa a postura do governo do PSD, que tem preferido investir nas festas e na retórica, em vez de governar em prol de quem trabalha a terra e navega o mar", lamenta o CHEGA, numa nota enviada à redação.

Para Miguel Castro, presidente do CHEGA-Madeira e cabeça de lista do partido às eleições legislativas regionais, esta situação tem de ser denunciada e condenada, dando como exemplos da inépcia do governo o que está a acontecer na GESBA e na gestão das pescas.

"A gestão que a GESBA tem feito do sector da banana e a gestão que o governo regional, através da respetiva secretaria, tem feito dos assuntos que dizem respeito aos pescadores são exemplos gritantes da leviandade e da incompetência com que o PSD olha para o sector primário e para as pessoas que lá ganham as suas vidas. Já sabíamos que o PSD apenas se interessa pelas grandes construtoras, por determinados empresários e por certos grupos hoteleiros, mas chegou ao ponto em que já nem disfarça. Aliás, os agricultores só servem para lhes dar palco para discursos nas festas populares e os pescadores só servem para que possam aparecer em ações simbólicas, nas quais o governo se autoelogia", atirou.

Continuando a linha de pensamento, Miguel Castro apontou ainda erros específicos que considera que o governo tem cometido ao longo dos últimos anos. "Por exemplo, o governo não consegue explicar, de forma coerente e simples, os preços vergonhosamente baixos que são pagos aos produtores de banana, nem, tão pouco, a confusa engenharia contabilística que a GESBA usa sempre que tem de vir a público explicar a penosa situação financeira em que está, apesar dos muitos milhões que recebe todos os anos em ajudas europeias. Da mesma forma, ainda está por explicar o que é que aconteceu à quota de pesca, cuja redução teve a inaceitável consequência dos nossos pescadores só conseguirem trabalhar três ou quatro meses por ano. É assim que se tratam as pessoas? É desta forma que se dignifica o sector primário?", indagou.

A concluir, o responsável apelou ao Governo Regional que mude a sua abordagem às questões da agricultura e das pescas.

"É essencial que o PSD perceba que existe agricultura além das festas de verão e da Feira do Gado, da mesma maneira que existe pesca além das festas da Piedade e do Peixe Espada Preto. O sector primário e as pessoas que lá trabalham exigem seriedade e respostas, e não propaganda política e políticos que se pavoneiam de festa em festa", findou.

Redação

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