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Nuno Morna pede que representatividade do IL na ALRAM seja “respeitada e ponderada”

Data de publicação
18 Dezembro 2023
14:42

À margem de uma conferência de imprensa, decorrida esta manhã, Nuno Morna garantiu que o Iniciativa Liberal (IL) tudo fará para que a sua representatividade no Parlamento madeirense seja “respeitada e ponderada”.

O parlamentar garante que o IL respeitará sempre as regras da democracia, “mesmo que injustas”, considerando, no entanto, que “essas regras não devem menorizar ninguém”.

“Deve mesmo haver uma discriminação positiva para com os que são de menos. Isto deve aplicar-se a tudo o tenho que ver com a vivência democrática”, expressou Nuno Morna.

Considerando que os dois maiores grupos parlamentares, “ambos da família socialista”, funcionam como “uma espécie de ‘maioria de bloqueio’ apoiada na sua inquestionável representatividade”, o deputado eleito pelo IL apelidou estes grupos de “espécie de ‘vampiros da Assembleia’ que comem tudo e não deixam nada, como cantou Zeca Afonso, e estão de bem com isso”.

O parlamentar assegurou que o Iniciativa Liberal foi já prejudicado, em duas ocasiões. “Uma primeira quando baralharam e deram, fazendo com que houvesse um claro prejuízo do IL na escolha das comissões, para beneficiar novos parceiros de coligação. E agora com as marcações da Ordem de Trabalhos difíceis de entender, onde se procura fazer com que o que incomoda não seja discutido no plenário”, explicou, acrescentando que “se no primeiro momento houve uma clara ilegalidade, no segundo está tudo de acordo com o Regimento da Assembleia. Legal, mas de cariz muito pouco democrático”.

Assim sendo, Nuno Morna expressou que “se o PSD e o PS quiserem (e mais uns pozinhos de perlim-pim-pim) os partidos mais pequenos, muito dificilmente, conseguirão levar à discussão em plenário os projetos que apresentam e agendam”. Neste sentido, o partido entende que “algo tem de mudar” para que as propostas dos partidos mais pequenos “possam ser discutidas no tempo certo e não andem a saltitar de plenário em plenário como coisa de pouca monta”, apontou.

“Estou há dois meses na ALRAM, e há dias em que me assalta um enorme espanto, uma impotência avassaladora, uma incapacidade brutal. Tudo isto porque é pouco o que me deixam produzir e concluir”, expressou o líder do IL.

Neste sentido, Nuno Morna questiona se “vale a pena apresentar propostas que são eternamente adiadas na sua discussão e debate”.

A representação parlamentar do Iniciativa Liberal entende que, para além do já referido, há também uma “enorme falta de vontade de trabalhar”. “Se produzimos muito conteúdo, o que só abona em favor desta casa e dos seus deputados, temos de ser consequentes e conseguir tratar de tudo a seu tempo. Temos de ser mais produtivos em todo o processo. E isso só se consegue reunindo mais vezes, tornando as sessões mais produtivas”, referiu.

A par disto, o IL diz ter “uma enorme dificuldade em entender o facto de os debates se tornarem em discussões sem sentido”, isto porque “não nada que não sirva de arma de arremesso para atirar sobre o adversário, mesmo que isso não tenha nada que ver com o assunto em questão”.

Tendo em conta que a Assembleia Legislativa é a “casa da democracia” e “casa da Autonomia”, Nuno Morna considera que “é urgente que comecemos a falar destas questões de maneira que todos os madeirenses se sintam envolvidos no processo autonómico e democrático”, expressou.

“Não queremos mudar a ordem das coisas e acabar com a representatividade dos maiores partidos, mas tudo faremos para que a nossa representatividade seja respeitada e ponderada”, garantiu Nuno Morna. “Esta Assembleia tem de mostrar mais trabalho, tem de se tornar mais democrática. Para isto podem sempre contar connosco. Para o resto não”, rematou.

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