Nuno Batista, presidente da Câmara Municipal do Porto Santo e já assumido recandidato como aval do PSD, emitiu um comunicado algo enigmático, não especificando destinatários.
“Ao longo destes quatro anos de mandato, tenho procurado dar conta do trabalho desenvolvido pela equipa que os porto-santenses escolheram para liderar a autarquia. Com a confirmação do apoio partidário à nossa recandidatura à Câmara Municipal do Porto Santo, a quem agradeço a confiança depositada em mim pelo Presidente do PSD Madeira, Dr. Miguel Albuquerque, urge agora uma análise mais abrangente, tanto do que já fizemos, como do que ainda queremos fazer”, começa por escrever.
“Desde o início, propusemo-nos a atuar pela positiva, a apresentar uma visão em prol do Porto Santo e dos porto-santenses, capaz de agregar perspetivas que, sendo diferentes, têm em mente o desenvolvimento do bem comum e reconhecem o benefício de não andar em perpétuos ajustes de contas”, lê-se.
Ora, “este espírito traduziu-se numa equipa multifacetada, que aglomera diversas valências, permitindo dar uma resposta sóbria e fundamentada, mas igualmente célere, às diferentes circunstâncias com que nos temos deparado. A todos, agradeço o espírito de missão que, em todos os momentos, têm vertido no vosso esforço e empenho pelo zelo e desenvolvimento da nossa terra, do nosso berço comum”.
O autarca considera que “o nosso trabalho tem sido bem-sucedido graças à inexcedível dedicação e, muitas vezes, sacrifício pessoal dos funcionários da Câmara Municipal, a quem sou grato por tudo o que nos têm ajudado a concretizar. A experiência dos mesmos tem sido fundamental para nos ajudar a adequar os nossos objetivos às ferramentas que temos ao nosso dispor. O saber melhora graças ao saber dos nossos funcionários, pois aço afia aço”.
“A equipa que tenho a honra e prazer de liderar foi, de forma transparente, submetida ao voto popular. Ninguém foi tratado como figura de proa ou cavalo de Tróia. Daí que, quando os elementos que não foram eleitos vereadores se juntaram a nós para, também eles, dar o melhor de si e empregar os seus talentos a favor da comunidade, o escrutínio já havia sido feito, o passado já era conhecido. Para nós, o passado não é só história, é currículo. É prova do que fomos e somos capazes de fazer, de forma consistente”, enaltece.
Numa resenha do que considera ter sido feito, frisa que “nos últimos anos, esta equipa chefiou a recuperação financeira do Município, de forma equilibrada e sustentável, voltando a alcançar, uma década e meia depois, um saldo global positivo. As nossas contas certas permitem-nos, mais do que uma menção honrosa da parte das autoridades de supervisão, uma maior margem para podermos continuar a apoiar as famílias, seja através de medidas mais generalizadas, como os vales para compra de material escolar, ou ações mais dirigidas às famílias mais carenciadas, como o programa de apoio a pequenas obras em casa”.
“Os nossos esforços também têm procurado manter e potenciar a dinâmica que se verifica na nossa economia local, através da criação de oportunidades para atuais e novos agentes económicos singrarem e acrescentarem ao que o Porto Santo pode proporcionar, tanto a quem faz da nossa terra a sua casa como a quem nos escolhe para escapar à agitação do quotidiano. Reconheço que nem sempre consigo transmitir o mérito dessas oportunidades”, adita.
Nuno Batista afirma que “temos sido persistentes em tornar reais, tangíveis, os projetos que temos apresentado à população. A velocidade de execução não tem sido a que ambicionávamos, o que tem obrigado ao estabelecimento de prioridades e à tomada de decisões difíceis, as quais assumimos e às quais não fugimos”.
Mais, “as obras públicas concorrem, em disponibilidade de materiais e mão-de-obra, com as privadas. O prazo associado ao uso de fundos do PRR leva a que se dê prioridade à execução de obras que recorrem a essas verbas. Estes são fatores de conhecimento público, e que condicionam a nossa atuação. A quem tem a responsabilidade de decidir e executar, cabe demonstrar a quem vê, que os reveses se ultrapassam aliando preparação à oportunidade. Nós estamos preparados para defender, com fundamento e transparência, o que queremos fazer”.
Na síntese, “é assim que conseguiremos trilhar novos caminhos. É assim que faremos face não só ao futuro que se avizinha, como ao que ainda se encontra para lá do horizonte. É assim que poderemos aspirar, por exemplo, a aliviar o peso da fiscalidade sobre as famílias e sobre as empresas. É assim que continuaremos a acreditar”.