O Museu Etnográfico da Madeira promove, no próximo sábado, a última oficina no âmbito do projeto “Onde Vive a Lã”. A atividade, sob o tema “Iniciação ao Tricot – Método Português”, realiza-se entre as 11h30 e as 12h30 e as 13h30 e as 16 horas deste sábado, dia 22 de fevereiro.
As inscrições são gratuitas e limitadas a sete participantes, devendo ser feitas através do email semuseuetnografico@gmail.com ou do telefone número 291145326.
A formadora será Filipa Marques Romeira, que descobriu o mundo do tricot em 2019. “Desde então, tem se dedicado a tricotar, criando peças para as suas filhas, para os bebés das amigas e para si própria. Filipa gosta de explorar novas técnicas e experimentar diferentes ferramentas, que enriquecem as suas criações e aprofundam o seu conhecimento sobre o artesanato madeirense”, pode ler-se numa nota da Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura.
A oficina é destinada a quem deseja aprender a fazer malha, utilizando o método português, conhecido, também, como “fio ao pescoço”. Os participantes aprenderão a montar as malhas e a executar os pontos básicos. Na Madeira, este método de tricot tem sido, principalmente, preservado pelas artesãs tradicionais, que continuam a confecionar peças com lã regional.
Recorde-se que, a 17 de outubro de 2024, foi inaugurada a exposição temporária, “Onde a Lã Vive”, no Museu Etnográfico da Madeira (MEM). “Trata-se de uma exposição temporária, que se insere num projeto mais vasto, que tem sido desenvolvido, nos últimos anos, pelo MEM, o qual, para além do projeto expositivo, procura contemplar outras vertentes de divulgação cultural. Este ano, o projeto resulta de uma parceria com o Coletivo Enfia o Barrete (Irina Andrusko e Luz Ornelas) e teve, ainda, a colaboração da escritora Rafaela Rodrigues”, adianta a mesma nota.
“É o resultado da recolha e estudo prático à volta de dois rebanhos em regime silvipastoril (ACGSP), duas fiandeiras de lã Isabel da Eira e Isabel Ferreira e o repertório de tricot/malhas. Tem como objetivo dar a conhecer a lã, uma matéria-prima regional, ao longo do seu ciclo completo, desde a pastagem até à sua transformação em objeto. A mostra estará patente no MEM até 12 de abril.”