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Manchas e espuma no mar "não são esgoto". "São algas microscópicas", esclarece Susana Prada

JM-Madeira

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Data de publicação
30 Maio 2023
15:03

Susana Prada, secretária regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, esclareceu, hoje, que as manchas e a espuma que têm aparecido frequentemente no mar regional não se tratam na verdade de "esgoto" ou "contaminação fecal".

"O que se pode constatar é que, apesar dessas manchas e espumas terem mau aspeto e poderem confundir-se com o esgoto, elas não são efetivamente esgoto. Trata-se de algas microscópicas, que com o aquecimento do oceano e fatores que ainda estão por esclarecer e estudar têm vindo a aparecer em maior quantidade", aclarou a governante, que falava à margem da VI Conferência Regional MaRam, subordinada ao tema da poluição costeira e que decorreu esta manhã no auditório do Museu de Eletricidade Casa da Luz

Conforme revelou a tutelar da pasta do Ambiente, esta foi a conclusão da monitorização e da análise realizada destas águas pela SGS, a entidade externa contratada há cerca de um ano pelo Governo Regional para levar a cabo tal investigação e que hoje revelou os resultados de tais análises.

Segundo avançou ainda a secretária regional, estas microalgas têm a particularidade de, depois de mortas, libertarem um mau cheiro, daí que compreenda as dúvidas que surgiram em torno da situação.

"Mas estamos aqui para esclarecer", assegurou, aditando que estes organismos são não só cada vez mais abundantes na Região, mas também em outros arquipélagos do Oceano Atlântico.

Já no seu discurso perante a plateia, Susana Prada destacou a metas já alcançadas no âmbito da Estratégia Poluição Zero no Mar da Região, criada em 2015 pelo Governo Regional com o propósito de combater a poluição das águas costeiras.

Entre estas ressaltou a limpeza de 4 toneladas de resíduos de áreas costeiras do arquipélago, em diversas campanhas durante 2022, os "avultados investimento" nos sistemas de saneamento básico, desde a ampliação e substituição de redes, à construção de Estações de Tratamento de águas residuais, nos municípios aderentes à ARM, e o investimento em tecnologia recente para esclarecer eventuais focos de poluição e na educação ambiental.

"Atingir as metas climáticas das próximas 3 décadas, passa obrigatoriamente por grandes desafios ….. e a Madeira tem sabido fazer, e bem, o seu caminho", assegurou a governante, sublinhando, no entanto, a necessidade de "educar para a eficiência e para o combate ao desperdício", dado que é "a forma de enfrentar a pandemia dos plásticos" , de "definir consumidores exigentes e desafiar novos mercados".

"É com a dedicação e o trabalho de todos, que temos tão bons resultados: Cumprimos as metas de reciclagem de resíduos; cumprimos as metas de redução de emissão de Gases com Efeito de Estufa; respiramos ar de excelente qualidade; Dobrámos o número de água balneares, dobrámos o número de águas de excelente qualidade e aumentámos em 60% o número de Bandeiras Azuis. A Região foi, recentemente, certificada como destino turístico sustentável. E possuímos, orgulhosamente, o maior índice de qualidade ambiental de todas as regiões de Portugal", enumerou Susana Prada.

De assinalar que neste certame foram ainda discutidos temas como a ‘Melhoria da Qualidade das Águas Balneares e Costeiras da Macaronésia’, pela voz de Mónica Neves da SGS Portugal, a ‘Poluição Costeira: compreender para agir’, a cargo de Manuel Ara Oliveira, diretor regional do Ambiente e Alterações Climáticas, e ainda os ‘Desafios emergentes no ambiente costeiro das Ilhas Canárias’, abordados pelo académico Emílio Soler Onís, da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria.

[atualizado às 15h33]

Edna Baptista

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