MADEIRA Meteorologia

Madeira aposta em zonas tampão, novas culturas e “trabalho invisível” dos viveiros

Data de publicação
24 Novembro 2025
17:34

Eduardo Jesus destacou no fórum sobre a Laurissilva que existe “muito planeamento” na gestão territorial e em ações específicas para combater ameaças ao considerado pulmão da Madeira, realçando a importância do trabalho conjunto que “vem preparar a Região para responder” a esses riscos.

Sublinhou o papel da monitorização contínua, assegurada pelo IFCN “com muita premência”, para poder agir rapidamente. “É uma responsabilidade extraordinária, que envolve muita competência e muitas vezes ações no território para remover infestantes e fazer com que não haja o galgar da área através de um incêndio”, afirmou.

O secretário regional lembrou ainda que “as ignições não surgem no interior da Laurissilva” e recordou que esta floresta do terciário “passou por esse momento de arder sete anos”, sustentando que a Laurissilva funciona hoje como proteção do território ao próprio incêndio.

Questionado sobre zonas corta-fogo e zonas tampão, garantiu que se trata de um trabalho contínuo, nunca concluído, com campanhas prolongadas no tempo, lideradas pelo IFCN, com equipas no terreno “com regularidade”. A estratégia passa por limpar infestantes, plantar espécies que ocupem toda a dimensão e que sejam o mais resistentes possível aos incêndios, sobretudo não funcionando como combustível.

É também aqui que entram novas culturas com valor económico, como o café e as abacateiras, que estão a ser testadas em algumas áreas. “É preciso encontrar espécies que ocupem áreas, evitando que as infestantes tomem conta do território”, afirmou, acrescentando que estas plantações podem ter igualmente “uma função económica”. “Uma das formas mais eficientes de tratar o território é o território ter também uma valia económica”, frisou, admitindo que, se as experiências correrem bem, estas espécies “nos agradam muito”.

Neste campo, Paulo Oliveira chamou a atenção para o “trabalho invisível” dos viveiros da Região. Explicou que a política de intervenção no terreno implica recolher sementes, levá-las para os viveiros e, só anos depois, devolver as plantas ao campo, num processo longo e exigente.

Em 2024, foram produzidas cerca de 200 mil plantas nos cinco viveiros da Região, resultado de “muitas horas de trabalho e muita dedicação”. Paulo Oliveira deixou ainda um apelo: que passem a ser obrigatórias visitas das escolas aos viveiros, mais do que apenas ir plantar uma árvore. “É importante ver o processo de plantar uma semente”, defendeu.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Enfermeira especialista em reabilitação e mestranda em Gestão de Empresas
11/12/2025 08:00

O inverno chega e com ele, a pressão sobre os pulmões e sobre o sistema de saúde. As infeções respiratórias agravam-se: gripe, bronquiolites, crises asmáticas...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas