Élvio Sousa, líder do JPP, apontou, hoje, o dedo à “calculismo partidário” do PSD e de Miguel Albuquerque, que conjeturaram “que adiar a discussão e aprovação do Orçamento faria crescer a pressão” sobre Marcelo Rebelo de Sousa para não convocar eleições antecipadas.
Esta foi uma posição apresentada numa publicação da página pessoal de Facebook do parlamentar do JPP, que, no entanto, congratulou-se com o falhando desta “planificação calculista”, “quando o destino está desenhado”.
“Daí que considere que fomos coerentes em defender primeiro a estabilidade orçamental e sensatos em manter os olhos e ouvidos bem abertos, e a boca bem fechada. Por isso, repudio todos os comportamentos de vaidade e de ambição desmensurada. Estou cada vez mais distante de toda essa lógica interesseira, “umbiguista” e calculista”, escreveu Élvio Sousa, que antes recordara que o seu partido fora prudente aquando do despoletar da crise política, ao não se envergar-se “pelo campeonato das moções de censura”.
“Tínhamos a perfeita consciência que ao adiar a resolução dos problemas aos madeirenses sem um Orçamento, uma moção de censura seria uma atitude grosseiramente incoerente. E não perceber isso, é falta de visão humanista e oportunismo. Em política não vale tudo, sacrificando as expetativas do Povo, e por mera agitação partidária”, aditou ainda.
É perante este cenário e recordando que numa aderiu a qualquer partido político tradicional, tendo entrado na esfera política somente através de um grupo de cidadãos eleitores, em 2008, até à criação do JPP, que Élvio Sousa diz identificar-se “cada vez mais com ideais e causas e menos com ideologias”.
“Convivo todas as semanas com pessoas rarefeitas e concebidas nos partidos, cuja ação se coartam também por uma postura fechada, eclética e demasiado calculista”, lamentou.