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JPP acusa Estado de ter abandonado a PSP na Madeira

Data de publicação
01 Setembro 2025
18:26

Na sequência da visita do secretário de Estado Adjunto da Administração Interna à Madeira esta terça-feira, no âmbito das comemorações do aniversário do Comando Regional da PSP, o JPP veio a terreiro defender que os profissionais da PSP merecem “compromissos sérios, objetivos e com prazos definidos” e não “discursos de circunstância e de palavras bonitas”.

Em comunicado, o Juntos Pelo Povo afirma que “a situação das esquadras da PSP na Madeira é absolutamente vergonhosa”.

“São muitas as instalações degradadas, indignas, que colocam em causa não só as condições de trabalho de homens e mulheres que todos os dias arriscam a vida pela segurança dos cidadãos, mas também a confiança da população no próprio Estado”, considera o partido, dando como exemplo o caso de Santa Cruz, onde a autarquia teve que intervir ao ceder, a título provisório, novas instalações.

Leia a nota de imprensa do JPP:

“Amanhã, o Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna estará na Região Autónoma da Madeira, no âmbito das comemorações do aniversário do Comando Regional da PSP. Esta deslocação não pode ser apenas mais um momento de discursos de circunstância e de palavras bonitas. O que a Madeira exige — e o que os profissionais da PSP merecem — são compromissos sérios, objetivos e com prazos definidos.

A situação das esquadras da PSP na Madeira é absolutamente vergonhosa. São muitas as instalações degradadas, indignas, que colocam em causa não só as condições de trabalho de homens e mulheres que todos os dias arriscam a vida pela segurança dos cidadãos, mas também a confiança da população no próprio Estado.

O caso de Santa Cruz é o exemplo mais gritante desta negligência. Durante anos, sucederam-se promessas e anúncios vindos de Lisboa. Mas a verdade é dura: nada avançou! Foi necessário a Câmara Municipal de Santa Cruz intervir, cedendo gratuitamente e a título provisório novas instalações para que os profissionais da PSP não continuassem a trabalhar em condições indignas. E o Estado português? Continuou a assobiar para o lado perante esta realidade vergonhosa. Aliás, há mais de um ano que o Município aguarda pela necessária adenda ao Contrato Interadministrativo, reconhecida pelo próprio Governo, sem que nada se tenha resolvido.

São promessas vãs com mais de 20 anos e consideramos ser inaceitável que sucessivos Governos da República tratem a segurança pública na Madeira como um problema menor e que continuem a brincar com a dignidade dos profissionais da PSP e com a segurança das populações.

Não esquecemos que estas mesmas promessas foram repetidas, sucessivamente, por diferentes Governos da República ao longo das últimas duas décadas. Prometeram-se novos edifícios em 2005, em 2010, em 2018, em 2020 e até em 2022 — e nada saiu do papel. Essa falta de seriedade é o retrato de como o Estado tem tratado a Madeira. Igualmente se reitera que os deputados eleitos pela Madeira também nada fizeram para desbloquer este velho problema. PSD, PS e CHEGA só se lembram das forças de segurança que operam na Região quando há eleições à porta. São mandatos sucessivos sem que nada se tenha alterado.

Por isso, exigimos ao Governo da República respostas concretas. Basta de promessas adiadas. Basta de anúncios sem execução. O que está em causa é demasiado sério para continuar a ser tratado com leviandade.

A Madeira e os madeirenses merecem respeito. Os profissionais da PSP merecem respeito. E respeito, neste caso, só se traduz de uma forma: com compromissos claros e obras no terreno!”.

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