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José Manuel Rodrigues diz que CDS foi “vítima colateral” na crise e promete “reerguer” o partido

Alberto Pita

Jornalista

Data de publicação
19 Março 2024
18:38

José Manuel Rodrigues colocou hoje o CDS como “uma vítima colateral” da crise política que fez derrubar o Governo Regional, imputando a responsabilidade pela crise “provocada por uma investigação judicial” a “desentendimentos entre o PSD e o PAN”.

Num discurso com 16 páginas, o candidato a líder dos centristas considera que, apesar de ter sido “uma vítima colateral”, o CDS “tudo fez para encontrar uma solução para esta crise política”.

“Quando alguns, na oposição, cultivaram uma gritante desumanidade perante quem estava a ser alvo de investigações, o CDS expressou a sua solidariedade a quem tem direito à presunção da inocência”; “quando alguns desertaram, o CDS ficou e disse: presente”, referiu.

No meio desta “tempestade sem fim à vista”, “o PSD, inexplicavelmente, sem justa causa, rompeu o acordo de coligação com o CDS, ainda antes da realização das últimas eleições nacionais, onde os partidos tinham lista conjunta, e ainda antes das eleições europeias, marcadas para junho”, contextualizou.

Depois José Manuel Rodrigues explicou por que motivo decidiu avançar com a candidatura. “Sou candidato à liderança do CDS da Madeira em nome de tudo o que fiz por este partido, em reconhecimento de tudo o que dele recebi e num tributo a todos os que o construíram e o ergueram ao longo destes 50 anos”.

“Sou candidato à liderança do CDS Madeira para honrar o nosso passado, para resistir no presente e para fazer o futuro. Sim, construir o futuro”, acrescentou, garantindo que o seu “regresso à liderança não é a repetição da história”.

Para José Manuel Rodrigues, a Madeira vive “a mais grave crise política desde a implantação da democracia e da autonomia, há 50 anos”, e assumiu que o partido está a viver um “momento difícil” de existência, realçando que tem “recebido inúmeros pedidos de dirigentes, autarcas, militantes, simpatizantes e eleitores do CDS para voltar à sua liderança”.

“O CDS é um partido confiável, previsível, leal e fiel aos compromissos que assume”, atirou depois.“Num momento em que a autonomia está ferida na sua dignidade e a Madeira está ferida no seu orgulho, eu não poderia faltar à chamada de dar o meu contributo para devolver a esperança e a confiança aos madeirenses. Não poderia faltar-lhes”, justificou.

Não obstante, reconheceu que o partido poderá, eventualmente, “vir a pagar o preço” da “lealdade aos compromissos” assumidos.

“Peçam-nos tudo, mas não nos peçam para pagarmos os erros e os pecados políticos dos outros”, atirou. Dizendo que o CDS deve sentir “orgulho” do que fez no Governo e na Assembleia, José Manuel Rodrigues destacou o trabalho do CDS, que pôs a Região a crescer “há 34 meses consecutivos”; contribuiu para melhorar a mobilidade, reduzir o preço dos passes, defendeu a expansão da construção de habitação social e a custos controlados e a construção do novo hospital, lutou pela renovação da frota do nosso peixe-espada e quis dignificar o Parlamento.

Disse que agora se fecha um ciclo no partido e abre-se um novo, que “será marcado por uma renovação geracional e política”, sustentada por “novas propostas e soluções para os seus problemas”.

“Serei quem sempre fui, um político presente, um político atento, um político próximo”, prometeu, antes de traçar os cinco grandes objetivos da sua candidatura: “ampliar a autonomia e garantir que os nossos direitos de madeirenses são assegurados pela República Portuguesa”; “restaurar a confiança dos cidadãos na democracia e nas suas instituições, reformando o Sistema Político Regional” e, para o efeito, defendeu “mais transparência na política e uma separação clara entre poder político e poder económico”; “baixar impostos e fazer com que a riqueza criada seja distribuída de forma mais justa”; “promover a afirmação e a ascensão social dos jovens na nossa sociedade e proteger a dignidade dos mais velhos”; e “garantir qualidade de vida e de bem-estar para todos os madeirenses, independentemente de onde vivam e da sua condição social”.

A finalizar, diz que é preciso fazer o “o trabalho de reerguer o partido”, prometendo um CDS “renovado”.

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