A problemática dos sem-abrigo na baixa de Câmara de Lobos foi focada também no debate das Jornadas Madeira, neste concelho. Adílio Câmara, diretor executivo da Casa de São José considerou que o número de pessoas nestas condições não tem aumentado no concelho, mas é preciso olhar e dar resposta social para estes. “São pessoas que não são agradáveis à vista”, mas que precisam de ajuda, vincou o responsável, comentando que se ouve falar em investimentos em estradas, em vias expresso, mas é preciso olhar para esta problemática com uma intervenção mais próxima.
“As pessoas são abrigo, são pessoas que estão no limite, no que que é mais baixo do que podemos estar. Quando dizemos que os sem-abrigo aumentaram na freguesia, é mentira. Tenho os dados dos últimos três anos. Não aumentou.
“É um problema grave e difícil”, disse, alertando que o Município terá uma tarefa difícil a resolver”. A seu ver, “a resposta a esta população tem de ser muito integrada. Não é escondendo que resolvemos, é intervindo. É estando próximo deles”, sensibilizou, lembrando que estes não têm acesso aos apoios. “Temos de ir ao encontro deles”.
Antes, elogiou a política seguida pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos, com “obra imaterial”, sublinhando que nota preocupação do poder local com questões de proximidade, de ruralidade, preservação da natureza. Contudo, alertou que “construir mais vias de acesso” poderá prejudicar a ruralidade.
A concluir, “Câmara de Lobos é um lugar aprazível, onde as pessoas querem viver. E isso é obra, representa trabalho”, dando parabéns “ao presente e esperando que o futuro continue a estar parabéns”.