O candidato da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal de Câmara de Lobos afirmou hoje que a segurança das populações deve merecer sempre prioridade máxima, mas que a autarquia tem falhado em aproveitar os mecanismos disponíveis no âmbito do Portugal 2030, designadamente através do Programa Sustentável 2030, que prevê apoios específicos para a consolidação e estabilização de escarpas e taludes em risco.
Através de um comunicado, a IL sublinha que “já no programa anterior 14-20 existiram apoios comunitários através do POSEUR que o executivo também falhou e não mostrou eficiência no aproveitamento desses recursos”.
”Todos os anos, verificam-se situações que colocam em perigo pessoas, habitações, estradas e atividades económicas. Apesar disso, a autarquia não apresentou candidaturas às linhas de financiamento europeu abertas para dar resposta a este problema estrutural e recorrente”, afirma Humberto Faria, candidato da Iniciativa Liberal a Câmara de Lobos.
Na mesma nota, os liberais apontam que “enquanto outros municípios da Região Autónoma da Madeira souberam preparar projetos, demonstrar capacidade de execução e garantir investimentos que reforçam a segurança das suas populações, o executivo camarário em Câmara de Lobos ficou para trás, desperdiçando verbas que poderiam ter sido canalizadas para obras urgentes de estabilização de encostas e proteção das vias municipais e regionais”. E aponta dois “exemplos emblemáticos”, como o talude entre a entrada do Parque Empresarial dos Socorridos e a entrada sul do Bairro da Argentina e a encosta inerente ao novo parque (Lobos Park) onde se prevê uma maior concentração de pessoas.
“Mas são inúmeros os exemplos nesta matéria da inércia deste executivo municipal em todo o concelho, obras que podem não dar votos, mas quando acontece uma tragédia lamentam”, prossegue a mesma nota.
Para Humberto Faria, “é inadmissível que, em pleno século XXI e com instrumentos financeiros disponíveis, se continue a empurrar com a barriga problemas que colocam em risco a vida de cidadãos e a confiança no território”. “A inação traduz-se em mais insegurança e maior vulnerabilidade do concelho perante fenómenos naturais que são previsíveis.”