A candidata do Juntos Pelo Povo à presidência da Câmara Municipal do Funchal destacou esta quinta-feira “a transparência e a palavra como valores cimeiros” da sua candidatura, considerando que “são das principais virtudes da democracia”.
Fátima Aveiro diz que se a população a eleger para governar a autarquia nos próximos quatro anos, a sua candidatura, a sua equipa e o seu programa assentarão “numa base humanista de acrescida responsabilidade e cidadania”, princípios que “têm como finalidade colocar as pessoas no centro de todas as decisões, mas essas decisões devem ser tomadas e explicadas com total transparência”.
“Quase 50 anos depois da democracia, da Autonomia e poder local, é tempo mais do que suficiente de trazer decência, verdade, rigor e seriedade à vida política e pública”, realça a candidata independente do JPP.
“Creio que ninguém duvida de que o crescente desinteresse e afastamento das pessoas das questões políticas, se devem, primeiramente, à falta de compromissos sérios e respostas concretas às necessidades das populações, por parte dos políticos em geral, que são sempre de muitas promessas, mas que deixam tudo na mesma.”
A cabeça-de-lista do JPP garante que aceitou o desafio “para fazer diferente, transformar o Funchal, e isso requer coragem e capacidade de decisão para inverter este ciclo a que temos assistido de degradação da democracia, da vida pública, da falta total de compromisso, desconsideração pelas instituições, da falta de transparência nas decisões, desrespeito até pelos direitos das pessoas e uma inexplicável perda de noção de quem nos governa perante os problemas reais das populações”
“Não contem comigo nem com a minha equipa para continuar neste caminho sinuoso, opaco, que trará problemas sérios à democracia, à autonomia e ao poder local”, frisa Fátima Aveiro. “A democracia e o poder político estão a ser corroídos e manietados pelos interesses instalados de meia dúzia de pessoas, depois, os partidos tradicionais, queixam-se do alastrar do populismo e do discurso de ódio, pois claro, já não têm soluções, não inovam, as próprias pessoas dizem-me na rua que eles só governam sempre para os mesmos.”
A candidata foca-se num exemplo que expressa o distanciamento de que fala e falta de resposta política: “Como é que perante um drama social vastíssimo como é a falta de habitação, causado, precisamente, pela inação política de a Região não ter construído habitação pública nos últimos dez anos, um problema que, como se tem visto, é reclamado por todas as candidaturas, em todos os concelhos, incluindo as candidaturas do PSD, não há uma convergência, um plano de emergência, comunhão de esforços, governos, autarquias, cooperativas e entidades públicas para se estabelecer um plano, uma meta e colocar no mercado habitação pública a preços que as famílias, os jovens, a classe média e trabalhadora possam pagar? Não há casas, mas gabam-se de recordes na receita fiscal, na economia e no PIB, como é que o cidadão que precisa de uma casa olha para isto?”.
No âmbito de uma política transparente e de governação para todos, inclusive para o tecido empresarial, a candidata refere que uma das medidas da estratégia da candidatura passa pela criação de uma plataforma de alertas para que todos os empresários possam concorrer em igualdade de oportunidades aos concursos municipais. Esta medida contribui para uma administração robusta, eficiente e desburocratizada e reforça os mecanismos de transparência e de fácil acesso a qualquer funchalense.
Fátima Aveiro refere ainda que a proximidade às juntas de freguesia é uma forma de estar próximo das pessoas para melhor compreender as suas necessidades: “Não podemos esquecer o papel primordial das Juntas de Freguesia, que no Funchal, pela diversidade das diferentes realidades, que vão ‘do mar à serra’, imprimem uma necessidade acrescida de articulação e cooperação constantes, entre a Câmara Municipal e as Freguesias do Concelho. O que se tem visto é uma proximidade de acordo com a por política da junta de freguesia, mas connosco todas terão a mesma atenção.”