No Dia de Portugal, o deputado madeirense do Chega na Assembleia da República fez um apelo “à defesa da identidade nacional, da cultura portuguesa e dos valores que definem historicamente a nação”, afirmando ainda que o 10 de Junho “deve ser mais do que um ritual institucional”.
Através de um comunicado enviado às redações, Francisco Gomes considera que “celebrar Portugal exige coragem política” para travar o que classifica como “uma vaga de imigração descontrolada que ameaça a coesão social e a soberania cultural do país”, conforme se pode ler no texto assinado pelo próprio.
“Celebrar Portugal exige mais do que discursos”, afirma o deputado, na mesma nota. “Exige ação. E neste momento, o que está em causa é a sobrevivência da nossa identidade. Não podemos fingir que está tudo bem enquanto assistimos à substituição silenciosa do povo português.
Francisco Gomes acusa o PS de ter “iniciado este processo” com a alteração da Lei da Nacionalidade, a “flexibilização da Lei da Imigração” e ainda “o desmantelamento do SEF”. Além disso, responsabiliza também o PSD, que classifica como “cúmplice”, e apontando “falta de coragem dos sociais-democratas para corrigir os erros e rever as políticas que abriram as portas” ao que classifica como “caos migratório”.
O deputado volta ainda a citar dados da AIMA, para apontar que há atualmente 510 mil imigrantes em vias de obter o direito ao reagrupamento familiar, considerando que tal situação “pode levar à entrada de centenas de milhares de novos migrantes” e “elevar o número total de imigrantes em Portugal para praticamente três milhões”, um número que Francisco Gomes diz ser “incomportável para o país”.
“Estamos à beira do colapso. Os serviços públicos estão no limite. A segurança está em risco. E ninguém quer dizer o óbvio: Portugal não aguenta mais! Precisamos travar isto agora, antes que seja demasiado tarde”, realça.
Como resposta, o deputado defende medidas como a suspensão do direito ao reagrupamento familiar, a restauração do controlo de fronteiras, a revisão imediata das leis migratórias e até o bloqueio da imigração islâmica, considerando tratar-se de “uma ameaça direta à estabilidade e à identidade cultural portuguesa”.