A respeito da data apresentada por Marcelo Rebelo de Sousa para as eleições, Edgar Silva, da CDU, entende ser um "erro muito grande" por "colocar o país num impasse e numa indefinição".
"Ao longo dos próximos meses as soluções que o país precisa serão adiadas", disse, acrescentando que "na prática, daqui até ao verão, estaremos em tempo de campanha eleitoral", o que para o deputado provoca "uma agitação que não contribui para que grandes questões, fundamentais para o progresso do país, sejam desenvolvidas."
Ainda a este respeito, Edgar Silva entende que não tinha de ser este o processo, considerando ser possível marcar eleições logo em janeiro.
"É com preocupação que assistimos a esta decisão e é um processo que não é bom, não traz benefícios para o país."
Em relação ao orçamento de estado, o deputado sublinhou que era possível "resolver a questão orçamental sem que as eleições tivessem de ser em março."
"Era bem possível uma outra arrumação de calendário e não este prolongamento e situação de impasse", concluiu.
Mónica Rodrigues/Flávio Matta