"Todos os minutos contam". Foi esta a mensagem passada pelo médico coordenador da Unidade de AVC da Região, João Patrício Freitas, que releva a importância de, aos primeiros sintomas, recorrer ao 112 para, dessa forma, poder mitigar o risco de sequelas maiores decorrentes de um acidente vascular cerebral e até, nos casos mais severos, evitar a morte.
Com o objetivo de sensibilizar a população para a doença, a Escola Padre Manuel Álvares, na Ribeira Brava, recebeu hoje uma ação de sensibilização para a temática, justamente na data em que se assinala o Dia Nacional do AVC, cuja palestra contou com a participação do secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos.
O clínico João Patrício Freitas relevou que, por hora, ocorrem em Portugal três episódios de AVC, dos quais uma pessoa acaba por falecer, uma fica com limitações e outra assintomática.
O médio realçou, todavia, que a doença pode ser evitada através da prevenção, sublinhando que, em 90% destes eventos, as causas prendem-se com tabagismo, obesidade, drogas, designadamente álcool, e más condições de nutrição.
Em termos de faixas etárias e géneros, advogou a mesma voz, trata-se de uma "patologia abrangente, mas que atinge a população idosa".
Cumprir com a medicação é um dos conselhos deixados, sendo a hipertensão e excesso de sal um dos principais fatores que desencadeiam estes episódios.
Em 2021, na unidade do SESARAM, foram internados 441 utentes por AVC e a taxa de mortalidade nestes casos ascende a 2%, não estando ainda apurados os dados referentes a 2022.
Por último, fica reforçado o conselho: a partir do momento que existam alterações na fala, força e face, reconhecidamente associados a estes casos, o caminho possível é o do socorro mais célere para evitar males maiores no futuro.
Romina Barreto