O empresário Agostinho Gouveia, ceo da Intelsol, empresa especializada em instalações elétricas e solares, defendeu hoje que o setor privado deve ser “cada vez mais um parceiro” na produção de energética na Madeira.
“Até 2021, era sempre uma dificuldade e havia o receio de que os privados pudessem produzir ruído” ao sistema, mas hoje os privados estão a contribuir com mais de 20 megawatts de produção energética. “Esta é produção instalada na Região”, clarificou Agostinho Gouveia, que acredita que ainda há espaço para crescer. Esta nova realidade resulta de uma diretiva comunitária, que veio permitir o autoconsumo e enviar o excedente para a rede, mas também por causa do papel do Governo Regional, que o empresário considera estar a ser um facilitador.
Porém, o empresário criticou a mudança de sistema de acesso aos apoios por parte dos privados, que tornou o modelo mais difícil. Por seu turno, o secretário regional Pedro Rodrigues disse que o programa “Mais Energia” - que está a ser criticado pelo empresário - tem hoje mais de 1000 candidaturas, que correspondem a meio milhão de euros.
Na réplica, Agostinho Gouveia enfatizou que, na realidade, ainda não chegou qualquer quantia aos empresários e pediu que houvesse um adiantamento dos apoios.
“Nós estamos atentos”, respondeu o secretário regional.O tema da energia está a ser debatido no fórum sobre a sustentabilidade do setor elétrico da Madeira, que está a decorrer a Central Hidroelétrica da Serra de Água, na Ribeira Brava.