A cabeça de lista do PSD à Câmara Municipal da Calheta, Doroteia Leça, destacou que a Calheta é hoje um concelho com peso no turismo regional, registando já cerca de cinco mil camas, onde estão as 1.170 unidades de Alojamento Local.
Se, por um lado, o crescimento dos alojamentos locais veio melhorar os rendimentos de muitas famílias da Calheta, por outro lado, a dimensão e pressão que a presença do turismo já estão a produzir sobre o quotidiano do concelho, leva a candidata a considerar que é necessário analisar e repensar algumas políticas, de modo a encontrar novas soluções, por exemplo, na mobilidade, mas também para diminuir os custos imobiliários.
“Nos lombos mais a norte, é preciso abrir novas acessibilidades. Não sei se vai baixar o preço dos imóveis, porque se vai ter acesso à estrada, o preço vai naturalmente subir... Mas a verdade é que é uma solução entre outras, porque é preciso olhar para a habitação como algo que é muito necessário, especialmente, para os jovens”, referiu, admitindo “a readaptação de escolas que estão fechadas para, por exemplo, para os jovens” terem casa.
Por outro lado, comentando o futuro do edifício sede para a Câmara Municipal da Calheta, que é propriedade da Santa Casa da Misericórdia, Doroteia Leça considera que “é má gestão financeira” manter uma solução de arrendamento do prédio e fazer uma obra de “três ou quatro milhões de euros”, para “daqui a 20 ou 30 anos termos de devolver e inutilizar o imóvel”.
“Digo abertamente: se não for a compra, entendo que não há outra solução”, afirmou, admitindo avançar para a “expropriação do imóvel” ou até construir um novo edifício para a câmara noutro terreno do município. “Agora, fazer um arrendamento com um investimento destes, não é boa gestão financeira”, vincou.