No plenário madeirense entrou-se já na ordem do dia, hoje com um alinhamento fora do normal, dado que a sessão decorrerá sem qualquer intervalo, de forma a terminar perto das 12h00, permitindo aos deputados, que assim o entenderem, marcarem presença nas cerimónias fúnebres de José Ferreira Prada, pai de José Prada, vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.

Esta foi uma proposta do presidente José Manuel Rodrigues, aprovada por unanimidade.

Posto isto, no debate estão duas propostas para discussão conjunta, que visam preparar com a devida dignidade as ‘comemorações dos 50 anos da Autonomia da Madeira’, da autoria do PSD, e ‘criação da Comissão Regional para as comemorações do 50.º ano da instituição da Autonomia’, esta subscrita pelo PCP. Carlos Rodrigues efetuou uma explanação da história recente da Madeira, incluindo o período pré-Automonia, sintetizando que depois da sua conquista “foi possível transformar a Madeira numa das regiões mais produtivas do País”.

Foi possível “garantir assistência médica, educação, assistência e proteção social para todos”, clamou o deputado social democrata, reforçando que “hoje vivemos melhor, vivemos mais e somos mais prósperos”.

Contudo, “estamos ainda aquém da solução ótima”, lembrando aquilo que “ainda falta fazer”.

Aproveitando a presença de estudantes nas galerias, Carlos Rodrigues enfatizou que “é preciso mostrar que devemos celebrar sem vergonha ou timidez o que foi alcançado. É preciso mostrar que nada nos foi dado, tudo foi conquistado”.

“Comemorar é dizer que não nos vamos contentar com migalhas”, disse ainda. Já Ricardo Lume (PCP), argumenta a necessidade da criação de uma comissão que “possa promover e articular as conquistas, possa valorizar o processo autonómico”, tendo como propósito destacar “através da diversidade das suas iniciativas a importância para as populações insulares”.

E, será também possível proporcionar uma “reflexão sobre o que temos e aquilo que queremos ter”, disse o deputado comunista, apontando divergências em relação à proposta do PSD, nomeadamente na fonte de financiamento. Lume parece advogar ‘pró-bono’ e Rodrigues diz que não poder ser bem assim, lembrando outras comissões cridas no ‘retângulo’ que a o PCP não se terá oposto.