O comandante regional da PSP na Madeira salientou hoje a reivindicação de reforço e otimização de meios e recursos para a polícia, e pediu o desbloqueio das melhorias infraestruturais nas esquadras da Região, lamentando que haja algum “esquecimento” por parte da tutela.
Na sessão solene do 147º aniversário da PSP da Madeira, e aproveitando a presença do secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, Paulo Simões Ribeiro, o superintendente Ricardo Matos alertou para as lacunas que afetam o comando regional e alertou que há menos polícias, com uma média de idades mais alta e com cada vez mais trabalho.
“Sabemos que há comandos com mais carências, mas temos sentido algum esquecimento”, lamentou.
No entanto, Ricardo Matos também endereçou recados internos, reservando palavras duras para elementos que, considerou, comprometem a operacionalidade do serviço ou para “aqueles que adoecem sempre em agosto”.
O responsável da PSP na Madeira também pediu contenção na forma como são expostas algumas reivindicações dos polícias, criticando o “ruído” e “propaganda”.
O superintendente alertou que este discurso é contraproducente e contribui para afastar os mais jovens do interesse de ingressar na polícia, argumentando que os quem ouve esse tipo de reclamações “pensa que um polícia recebe o salário mínimo, não tem folgas e vai desenvolver alguma doença mental”.
Ricardo Matos disse mesmo que “a propaganada é tão forte que os próprios polícias já se convenceram que estão no patamar mais baixo de todas as profissões”. “Isso não é verdade”, vincou.