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CHEGA Madeira alerta para a fraca diversificação do tecido económico

JM-Madeira

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Data de publicação
09 Abril 2023
9:28

O CHEGA Madeira alertou, hoje, para a fraca diversificação do tecido económico madeirense, considerando que tal facto condiciona o crescimento e a afirmação da Região em vários setores de atividade empresarial.

Desta feita, numa nota enviada à redação, o partido defende que a liderança política tem de criar as condições necessárias, para que o tecido económico regional seja diversificado e, assim, esteja mais preparado para responder às mudanças que ocorrem de forma tão frequente nos mercados internacionais.

Porém, aos olhos do CHEGA, "os sucessivos governos do PSD-Madeira não têm encarado essa missão com a seriedade e empenho que deveriam".

"Numa fase em que a liderança da União Europeia e os governos de tantos outros países que temos como exemplo têm alertado para os enormes riscos das economias que dependem de apenas uma indústria, o governo regional insiste no caminho que é exatamente o oposto, ou seja, insiste em colocar a Madeira e o Porto Santo numa posição de total dependência dos fluxos turísticos", refere o líder do CHEGA Madeira, Miguel Castro.

"As restrições severas que foram colocadas à indústria turística pela pandemia e, antes disso, pela erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, no sul da Islândia, foram lições de que é um grande erro olhar para o turismo como a única área de interesse económico", aponta, aditando que "para prejuízo de todos nós, a liderança regional não tem sabido tirar as devidas ilações daquilo que se tem passado a nível global".

Na opinião do presidente do CHEGA Madeira, não existem dúvidas que, pela sua tradição histórica e características únicas, a Madeira terá sempre no turismo um dos principais motores de riqueza e crescimento.

Todavia, Miguel Castro realça que há "uma enorme diferença" entre, por um lado, promover e estimular o turismo regional, e, por outro lado, fazer do turismo a única vocação da Madeira e do Porto Santo. Aliás, para o líder do CHEGA Madeira, "há muita vida para além do turismo", denotando que a Madeira e o Porto Santo têm empresários com provas mais do que dadas de que sabem criar, inovar e até ser competitivos pela qualidade dos produtos e dos serviços que prestam. S

"Srá que os nossos líderes não deveriam ter uma atitude de reconhecimento e apoio ao trabalho que essas pessoas desenvolvem? Ou será que os empresários que atuam fora do turismo só interessam para convidar certos políticos para inaugurações e festas?", atirou Miguel Castro.

De acordo com o líder do CHEGA Madeira, o velho argumento de que a Madeira é escassa em recursos próprios não pode ser mais usado para disfarçar a incapacidade dos governos do PSD-Madeira para fazer florescer na Região uma economia dinâmica, sustentada e capaz de aportar oportunidade de crescimento às populações.

Para Miguel Castro, "temos o nosso mar, que está cheio de potencial económico e científico. Temos um espaço aéreo e uma natureza única, que é reconhecida internacionalmente. Temos recursos humanos de valor, que se afirmam pela inovação e pela criatividade. Temos tradições seculares no sector primário. Temos uma posição estratégica privilegiada, na rota das grandes linhas comerciais. Temos uma universidade que produz, anualmente, centenas de quadros que querem viver na sua Região e contribuir para o tecido social. Por isso, é inaceitável que não consigamos fazer mais e melhor, especialmente quando outras regiões do mundo, com muito menos recursos e tradições, estão à nossa frente em termos de diversificação e crescimento económico". frisou.

A concluir, Miguel Castro alertou que a obsessão do PSD-Madeira através do turismo estar a cortar as asas e os sonhos, dos jovens madeirenses e portosantenses, empurrando-os para a emigração.

"O que é que o governo regional tem para oferecer aos jovens que se formaram, ou que se estão a formar, em psicologia, filosofia, economia, gestão, línguas, artes, cultura, informática, ou até não se formaram, mas escolheram outras vias, como, por exemplo, o ensino técnico? Será que a Madeira tem oportunidades para esses jovens? Ou será que ao governo apenas lhes interessam quadros que alimentem os hotéis de certos grupos e o ramo hoteleiro, em geral, com todas os problemas e dramas que têm envolvido esses sectores?", questiona o líder do CHEGA Madeira, que conclui que "temos de exigir de quem governa os destinos da nossa região, mais e melhor!", findou.

Redação

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