No seguimento da reunião de ontem do Conselho Regional do PSD-Madeira, o líder do Chega na Região acusou esta sexta-feira os social-democratas de estarem a levar a Madeira para “o grau zero da política”, apontando ainda ao CDS e ao PAN.

Mesmo nos Açores, onde tem estado a acompanhar os últimos dias da campanha às eleições legislativas regionais, que termina hoje, Miguel Castro assina uma nota enviada às redações nesta sexta-feira, na qual afirma que “PSD, CDS e PAN são, neste momento, o maior fator de instabilidade na Região, pois apenas estão interessados em arrastar indefinidamente a vergonha que instalaram e encontrar qualquer solução que lhes permita manter o seu domínio sobre os desígnios da Madeira”.

No comunicado pode ler-se que “a realização do conselho regional do PSD-Madeira expôs, de forma contundente, as enormes dissidências que existem no seio daquele partido quanto à crise política instalada e também tornou óbvias as divergências opinativas que persistem quanto à solução de governo que tem vindo a público nos últimos dias. Mais especificamente, os discursos proferidos por militantes de referência do universo social-democrata tornaram claro que poucos apoiam a ideia de continuidade que certo PSD e toda a estrutura do CDS e do PAN têm vindo a pontar, indicando que muitos membros do PSD-Madeira preferem ir a novas eleições e dar à população a capacidade de escolher o seu próprio futuro.”

“Insistir num caminho que não tem qualquer legitimidade democrática apenas demonstra enorme medo de ir a eleições”, entende Miguel Castro. “Por outras palavras, temos três partidos que levaram a Madeira para um penoso fim de ciclo, para a lama da corrupção e do clientelismo, mas que insistem em gastar o tempo dos madeirenses a teorizar sobre maneiras pelas quais vão impedir os próprios madeirenses de se pronunciarem. Se três partidos a tentar enganar o povo e evitar eleições não é o grau zero da política, então não sei o que será. Uma coisa é certa: tudo isto tem de acabar rápido, pois já roça no absurdo.”