O deputado Francisco Gomes criticou, hoje, as políticas que a União Europeia tem vindo a aplicar relativamente ao mar e às pescas, acusando Bruxelas de impor um modelo centralizado, “que ignora as especificidades das regiões e sacrifica as comunidades costeiras em nome de interesses ideológicos e corporativos”.
O parlamentar afirmou que o Chega defende o direito soberano das nações a protegerem os seus territórios marítimos, as suas comunidades piscatórias e as tradições culturais ligadas ao mar. Sublinha ainda que o mar deve ser visto não apenas como uma fonte de riqueza económica, mas também como um espaço de identidade cultural, segurança alimentar e coesão social.
“A União Europeia quer uniformizar tudo, mas ignora a realidade de comunidades como o Caniçal ou Câmara de Lobos. Estas não podem ser penalizadas por políticas desenhadas em gabinetes longe do mar e da vida real dos nossos pescadores. Não aceitamos tanta ignorância!”, repudiou o deputado madeirense.
Francisco Gomes considera, portanto, “essencial que a políticas marítimas e piscatórias europeia sejam reformuladas de forma profunda”. Entre os temas que, segundo o deputado, devem estar no centro dessa nova abordagem estão “o alargamento das quotas de pesca, o apoio efetivo à renovação das frotas, o fim dos bloqueios ambientalistas à pesca tradicional e o respeito concreto pelas comunidades piscatórias”.
“As políticas de Bruxelas esquecem quem vive do mar. São políticas para burocratas egoístas e não para cidadãos comuns. É urgente colocar os pescadores e armadores no centro das decisões, pois o atual modelo europeu não serve a Madeira e precisa de ser substituído rapidamente”, disse.
Francisco Gomes defende a criação de um novo modelo europeu de política marítima que respeite a autonomia das regiões portuguesas e proteja os interesses dos seus profissionais do mar. O deputado reitera que o Chega continuará a lutar por uma política que valorize os recursos marítimos nacionais e defenda aqueles que dependem das pescas para viver.