O deputado Francisco Gomes, eleito pelo CH na Assembleia da República, acusou o governo da República de praticar “terrorismo económico” contra a Região, por adiar indefinidamente a revisão dos limites de vento aplicados ao Aeroporto Internacional da Madeira.
A crítica foi feita durante uma audição à ANAC, na Comissão de Infraestruturas e Mobilidade. Francisco Gomes lembrou que a Madeira depende fortemente do turismo — responsável por cerca de 30% do PIB regional — e que a instabilidade nas ligações aéreas está a causar prejuízos significativos à economia local.
O parlamentar denunciou que, desde junho, mais de cem voos foram cancelados ou desviados, afetando milhares de passageiros. Sublinhou ainda que os atuais limites de vento datam de 1964, quando a pista era significativamente mais curta e os testes foram realizados com aviões obsoletos.
Francisco Gomes exigiu ação imediata da República e da ANAC, criticando promessas não cumpridas e alertando para as consequências económicas e sociais da inação: “Os madeirenses querem saber até quando terão de ver a sua economia estrangulada por esta negligência criminosa”.