A CDU organizou, na manhã deste sábado, uma iniciativa política no centro da cidade do Funchal sobre “problemas sociais que requerem medidas resolutivas, onde foram apontadas as situações de tantas pessoas que estão colocadas nos corredores dos hospitais por motivos sociais, depois do tratamento hospitalar”.
Numa mesa-redonda instalada na Rua Fernão de Ornelas, em que intervieram Herlanda Amado, Ricardo Lume, Dírio Ramos e Edgar Silva numa abordagem à problemática da falta de espaços adequados na Região Autónoma da Madeira para acolher doentes em situação de alta clínica, que atenda a estas necessidades sociais.
Herlanda Amado, na apresentação deste problema referiu “a Região Autónoma da Madeira debate-se com falta de espaços adequados para acolher doentes em situação de alta clínica, situações essas também designadas como ‘altas problemáticas’, ou ainda classificadas como ‘internamentos inconvenientes’, que permanecem nos hospitais ocupando camas de agudos”.
Ricardo Lume caracterizou este problema social dizendo que “destas situações, também designadas vulgarmente como de ‘altas problemáticas’, aparecem as conexões com o facto de que muitos dos doentes não terem, no imediato, alguém que possa cuidar deles, noutros casos faltam os suportes e os meios adequados ao seu acompanhamento, e nem sempre existe uma comunidade preparada com recursos para ajudar os doentes a terem uma recuperação desejável”.
Por sua vez, Dírio Ramos referiu que “há cerca de 26 anos que diversas entidades se têm referido a este problema humano e social, sem que o mesmo tenha sido, até ao momento, objeto de efetivas medidas resolutivas. E a construção do novo Hospital Central Universitário da Madeira não contempla as camas de transição do hospital para a residência dos doentes com alta clínica”.
De acordo com Edgar Silva, “não é possível continuar a adiar uma resposta social para este problema social. A Região precisa, urgentemente, de uma iniciativa que garanta um investimento público na implementação de um novo e especializado conceito de empreendimento social, criando um espaço de acolhimento destinado aos doentes que estão internados por motivos sociais e que ocupam, inapropriadamente, no Serviço Regional de Saúde camas de agudos”.
Para a CDU é prioritário atender a estas necessidades sociais e que sejam disponibilizados os meios necessários à construção de uma unidade de transição do sector da Saúde para a Segurança Social, eventualmente, em terrenos anexos ao Hospital João de Almada, no concelho do Funchal.