MADEIRA Meteorologia

CDU condena aumento do custo de vida e das “injustiças sociais”

Data de publicação
04 Março 2024
18:04

A candidatura da CDU focou hoje nos “agravamentos do custo de vida e suas implicações sociais para as populações”.

De acordo com Sílvia Vasconcelos, “uma das principais linhas de preocupação” da coligação, “e que é também uma medida prioritária nesta campanha às eleições legislativas da Assembleia da República, é o elevado custo de vida dos portugueses”.

“Esta é também a maior preocupação da população que assiste a um aumento dos preços que não tem correspondência nem com o aumento do seu salário nem com a inflação”, começou por afirmar numa ação de campanha realizada na Fernão Ornelas.

A este respeito, a candidata apontou exemplos bem concretos sobre os agravamentos, nomeadamente o facto de “só no último ano” o cabaz alimentar ter aumentado 8 euros.

“Uma garrafa de azeite, por exemplo, custa quase mais 5 euros do que em 2023. Entre 1 de março de 3023 e 28 de fevereiro de 2024 o azeite aumentou 67%. Os cereais, 19%, o atum em posta 21%, o arroz 4%, a laranja 20%, a pescada 40%, o pão de forma, 14%, o açúcar, 50%, alimentação para bebé”, entre outros.

Ademais, referiu que à data “era possível comprar um cesto no supermercado com 63 bens essenciais por 230,38 euros, mas passado um ano, para comprar exatamente os mesmos alimentos, os consumidores gastam 238,13 euros (+3,37%)”, disse.

Segundo Sílvia Vasconcelos, a par disto, existem bens onde se tem feito ressentir um forte impacto negativo.

“O bem essencial em que os portugueses se têm mais ressentido é no preço das casas. As rendas para a habitação pagas em Portugal ficaram mais caras do que na generalidade da zona euro, e registaram uma subida de 4,7%, em média”, apontou.

Além disso, frisou que os serviços de saúde subiram cerca de 5%, “também mais do que em muitos outros países europeus onde alguns serviços até desceram”, a par da cultura.

“Este aumento de custo de vida, tem conduzido ao empobrecimento de muitas famílias, aquelas que vivem à custa do seu trabalho, levando tanta gente senão logo à pobreza para um elevado risco de pobreza. Há muita pobreza escondida no nosso país e na nossa região, onde os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”, constatou.

E, por isso, a CDU “quer respostas imediatas e a longo prazo para acudir a quem tem dificuldades”, nomeadamente “pessoas que mesmo trabalhando empobrecem”.

Das medidas e propostas concretas para combater as questões suprarreferidas, Sílvia Vasconcelos destacou a intenção de travar os preços dos bens essenciais, de considerar a energia um bem essencial para voltar à esfera pública e não ficar detida por privados, o direito ao trabalho “e trabalho com direitos, aumento dos salários e combate à precariedade laboral”, teto nos preços de arrendamento e aquisição de casas, reverter a ‘lei-Cristas’- “que tem levado a despejos de idosos (e não só) das casas em residiam há décadas, sem ter alternativas de habitação”-, incentivar o aumento da habitação pública, combater a especulação imobiliária e, por fim, reverter a subida das taxas de juro.

“Todas estas medidas são possíveis. E são urgentes. E são compromissos da CDU a defender na Assembleia da República”, rematou.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas