“A inflação está a descer no mundo, na Europa e em Portugal, e está a subir na Madeira, estando persistentemente entre os 3 e os 4 por cento”, lembra o CDS, entendendo que este aumento dos preços, sobretudo nos bens alimentares, na restauração e nas comunicações, está a levantar muitas dificuldades às famílias, em especial às de menores rendimentos e às da classe média, muitas delas tiveram aumentos salariais inferiores à taxa de inflação.
Considerando que este “imposto escondido” precisa ser combatido, o CDS defende medidas por parte do Governo Regional, no sentido de controlar este aumento dos preços e devolver o poder de compra aos madeirenses e portosantenses.
“As soluções passam por uma descida progressiva, mas significativa das taxas do IVA, a baixa das taxas do IRS em 30 por cento, em todos os escalões, e uma valorização dos salários mínimo e médio, a criação do salário de referência para os jovens licenciados e uma subida do Complemento Regional dos idosos com pensões mais baixas”, referiu hoje o cabeça-de-lista do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, numa conferência de imprensa realizada junto à AT.
José Manuel Rodrigues afirma que é preciso fazer face a este aumento brutal do custo de vida, que encontra explicação nesta “efervescência econômica” que se vive no turismo e no imobiliário, mas que tem de ter medidas compensatórias para os madeirenses.
“Como eu disse há dois anos: ‘esperemos não chegar o dia em que a Madeira será um resort de luxo para os turistas e uma terra estranha para quem aqui nasceu’. Já estivemos mais longe. Espero que ainda possamos ir a tempo de inverter esta situação e dar outra qualidade e nível de vida às nossas famílias”, rematou.