Prossegue, nesta manhã de quarta-feira, a discussão do “Programa de Governo da Região Autónoma da Madeira 2025-2029 e votação da respetiva Moção de Confiança”, conforme estipulado no regimento da ALRAM.
Nesta manhã é o secretário regional de Economia, José Manuel Rodrigues, que sobe ao palanque para apresentar o Programa de Governo referente à pasta da Economia.
José Manuel Rodrigues afirmou que “este é o Programa que o Governo se propõe cumprir, durante quatro anos, assente nas seguintes medidas e objetivos: Prosseguir a trajetória de crescimento económico, iniciada em 2021, que permitiu ter o maior número de pessoas empregadas dos últimos dez anos, com a consequente baixa do desemprego para níveis históricos, inferiores a seis por cento; Fazer refletir, cada vez mais, na vida dos cidadãos e das famílias os resultados deste crescimento de todos os setores económicos, aumentando os seus rendimentos, quer por via do aumento dos salários quer através da descida de impostos sobre o trabalho; Lançar na negociação, no âmbito da concertação social, com os parceiros sociais, a possibilidade da extensão do subsídio de insularidade a todos os trabalhadores, de forma gradual, e estabelecer um salário de referência para os jovens licenciados quando estes entram no mercado de trabalho, fixando ativos qualificados”, a título de exemplo.
Ademais, o governante, que tutela a pasta da Economia, colocou ainda como meta a conclusão das obras de recuperação e renovação do porto do Caniçal, realizadas pela APRAM.
“Este é um Programa ambicioso, ousado, mas dirigido ao principal objetivo do Governo, que é a melhoria das condições de vida do povo das nossas ilhas. Os sinais destes novos tempos não oferecem grandes otimismos, pelo contrário, trazem notas preocupantes de protecionismos, obstáculos ao comércio livre e a escalada de retaliações entre países”, refletiu, não ficando alheio ao que se passa no mundo geopolítico.
“Esperemos que prevaleça o bom senso e que os diversos blocos económicos se entendam sobre as tarifas comerciais; mas é certo que o mundo não será o mesmo e que novos desafios e exigências colocarão à prova a nossa capacidade de os vencer, mantendo o crescimento económico e a harmonia social da Região”.
Nesta linha, o governante democrata-cristão traçou, ainda antes, como grande desafio, para esta legislatura, que a União Europeia não reduza o fundo de coesão “nem põe em causa o princípio da subsidiariedade no próximo Quadro Comunitário, e, antes pelo contrário, concretiza os princípios do artigo 349 do Tratado Europeu, que prevê políticas e apoios específicos para a realidade das Regiões Ultraperiféricas”.