A Delegação Regional da Madeira da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP/) reagiu esta noite ao esfaqueamento de um jovem polícia na Ribeira Brava. Através da delegação regional, a ASPP/PSP revela com “profunda preocupação”, a grave ocorrência registada durante as Festas de São Pedro, na vila da Ribeira Brava, na Madeira.
Na noite do incidente, revela a ASPP, “um jovem agente da Polícia de Segurança Pública, atualmente ao serviço do Comando Metropolitano de Lisboa, e que se encontrava de férias na companhia dos seus familiares, foi barbaramente agredido com uma arma branca por um indivíduo natural e residente em Câmara de Lobos, conhecido pelas autoridades e com um historial criminal significativo”.
Segundo a versão da ASPP, o agente, ao aperceber-se de uma rixa no decorrer das festividades, identificou-se como “elemento da PSP e tentou intervir de forma a repor a ordem pública”. De forma “absolutamente covarde e violenta, foi atingido com seis a oito facadas, tendo uma delas perfurado gravemente o pulmão, o que obrigou ao seu imediato internamento no Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde permanece sob cuidados intensivos”.
Esta ocorrência, infelizmente, “não é um caso isolado”. A ASPP/PSP tem vindo a alertar, “de forma insistente, para o aumento preocupante de agressões contra polícias em exercício ou fora de serviço”. Estas situações “levantam sérias questões sobre a proteção efetiva dos profissionais das forças de segurança” e a capacidade do sistema “judicial de responder de forma eficaz e dissuasora”.
Estamos naturalmente “apreensivos com o estado de saúde do nosso colega, a quem desejamos uma rápida e completa recuperação, mas também nos inquieta a resposta da justiça”.
Infelizmente, temos assistido, “noutros casos semelhantes, a decisões judiciais que permitem que o agressor regresse a casa antes da vítima”. Esperamos, sinceramente, que este não seja mais um desses casos. A justiça tem de estar do lado de quem cumpre o dever de proteger a sociedade.
A ASPP/PSP continuará a acompanhar de perto esta situação e exige que sejam tomadas medidas exemplares e urgentes para travar este ciclo de violência contra quem todos os dias arrisca a vida pelo bem comum.