A empresa Águas e Resíduos da Madeira (ARM), em comunicado, diz que a adesão à greve foi no primeiro dia (hoje) de 9,6%, no universo total dos trabalhadores, com maior representatividade no setor dos resíduos.
“O número apresentado traduz-se numa fraca adesão, que a ARM interpreta como o reconhecimento por parte da grande maioria dos trabalhadores dos esforços desenvolvidos na melhoria das suas condições de trabalho, expondo assim, a agenda política subjacente a esta greve”, refere a entidade patronal.
A ARM contraria assim o SITE - Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente, que, durante a manhã, apontou para uma adesão significativa.
Num extenso esclarecimento, a ARM lembra todos os passos dados em negociações com os sindicatos, nomeadamente nos últimos meses, “com vista à terceira alteração do Acordo de Empresa, visando em primeiro lugar melhorias das condições remuneratórias , impactando de forma transversal toda a tabela única vigente”.
“Esse objectivo foi conseguido de forma muito positiva e concreta e é com enorme satisfação e sentido de dever cumprido, que a terceira revisão do Acordo de Empresa (AE), celebrado entre a ARM e o SINTAP (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos) e o STFP-RAM (Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública da Região Autónoma da Madeira), foi ontem publicada em JORAM”, sublinha a ARM.
Adianta a empresa, que “após a publicação do texto que materializa a 3.ª revisão ao AE, seguir-se-á a publicação da Portaria de Extensão que, nos termos da lei, permitirá a sua aplicação aos trabalhadores não filiados nas associações sindicais outorgantes (SINTAP e STFP-RAM) e que não sejam abrangidos por outro acordo de empresa”.
A ARM diz ainda que se encontra “a desenvolver todos os esforços no sentido de aplicar as melhorias que retroagem a 01.01.2025 (revisão da tabela salarial e atualização da alteração da posição retributiva por antiguidade), no processamento salarial no mês de março”.
A empresa conclui o comunicado dizendo que se orgulha “de manter uma postura de diálogo construtiva, nunca tendo cessado os esforços para uma solução de consenso conjunta, sempre com o maior respeito e consideração pelos seus trabalhadores e as associações sindicais que os representam”.