A greve dos médicos internos está hoje a registar uma adesão "muito expressiva", de entre 83% e 85%, disse à Lusa o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, ao fazer um balanço do primeiro dia de paralisação.
Uma realidade muito diferente da que se regista na Região Autónoma da Madeira.
De acordo com uma nota do SESARAM, " de um total de 206 médicos internos, 9 médicos internos gozaram o seu direito à greve. Este número equivale a uma percentagem de 5% do total de médicos internos que estavam de serviço no SESARAM"
Refira-se que a greve foi convocada pelo SIM para exigir melhores salários e a valorização profissional para efeitos de progressão na carreira.
Com o protesto, o sindicato pretende também chamar a atenção para o "grande trabalho" que fazem os cerca de 6.500 médicos internos, "muitas vezes" substituindo especialistas e cumprindo centenas de horas extraordinárias, dada a "escassez de recursos".
A paralisação, que abrange pela primeira vez médicos em pós-formação para obtenção da especialidade, insere-se num quadro mais vasto de greves, em várias modalidades e regiões, promovidas pelo SIM, até setembro, para reclamar uma grelha salarial condigna para todos os médicos.
O SIM reivindica a integração do internato médico no "primeiro patamar da carreira médica".
Recorde-se que uma nova reunião negocial entre sindicatos e Governo está agendada para 11 de setembro.
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Carla Sousa