Nove meses após a implementação da Taxa Municipal Turística cobrada pelos hotéis aquando das estadias nas unidades hoteleiras e seis meses de cobrança dessa mesma taxa ao turismo de cruzeiro, o Partido ADN - Madeira questiona a Câmara Municipal do Funchal pela prometida aplicação desses fundos em termos de investimento no concelho do Funchal, “visto que até ao momento nada de inovador ou sequer visível foi feito e vários milhões de euros (extra) entraram nas contas da Autarquia”.
O ADN - Madeira recorda que essas receitas estavam previstas serem direccionadas para projectos estratégicos que visavam melhorar a qualidade de vida dos residentes e visitantes, além de garantir a sustentabilidade do destino turístico através de investimentos que incluíam a manutenção de jardins, organização de eventos culturais, assim como melhorar os serviços de limpeza nos espaços urbano e respectiva manutenção, assim como melhorar a gestão da mobilidade.
“Numa altura em que tanto se fala na (im)possível privatização das nossas levadas e respectivos trilhos pedestres, o ADN - Madeira questiona se o montante que estava destinado à manutenção dessa actividade de lazer será também entregue ao vencedor dessa concessão ou direccionada para outro tipo de investimento “invisível”, indica.
O ADN - Madeira diz não ser contra a cobrança das taxas turísticas, mas considera “que tem de haver transparência na gestão desses fundos perante a sociedade residente, assim como nossos visitantes pagadores, pois estamos falando de receitas avultadas, que no caso do Município do Funchal prevê-se atinjam os 13 milhões de euros anuais”, remata.