O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) manifestou hoje “profunda preocupação face ao crescimento exponencial” de empresas de rent-a-car e outras “que praticam subsidiariamente essa atividade” na Região.
“Ainda no ano transato existiam já cerca de 170 ‘rent-a-car’ a laborar na Região, sendo que uma delas, por exemplo, já dispunha de uma frota de 800 veículos”, afirma o partido num comunicado assinado pelo coordenador regional.
Miguel Pita acrescenta que, “hoje em dia, estima-se que ultrapasse já as 200 empresas explorando essa atividade sem qualquer limite de frota, razão pela qual seria importante que o Instituto de Mobilidade e Transportes e restantes autoridades regionais relacionadas com esta temática, suspendessem os licenciamentos desta atividade e efetuassem um levantamento”.
“Embora reconheçamos a importância do turismo para a economia regional, é imperativo avaliar os efeitos adversos que esta proliferação de veículos tem na nossa sociedade e no meio ambiente”, afirma o cabeça de lista do ADN às Eleições Legislativas Regionais.
Na mesma nota, o partido elenca alguns dos impactos negativos, como a “sobrecarga das infraestruturas rodoviárias”, a “degradação ambiental”, “pressão sobre o estacionamento” e a “descaracterização da paisagem”.
Adicionalmente, o ADN considera que os stands de venda de automóveis não devem acumular a atividade de rent-a-car, apontando a possibilidade de “conflitos de interesses, concorrência desleal” e “foco desviado”, argumentando que “a diversificação de serviços pode resultar numa menor especialização, comprometendo a qualidade tanto na venda como no aluguer de veículos”.
“Todos nós, madeirenses, já constatámos que existe um excesso de trânsito automóvel na nossa ilha e ao contrário do que manifestou há dias o Dr. Miguel Albuquerque, essa razão não está somente relacionada com o poder de compra da população, mas sim com o descontrolo de licenciamentos a empresas de rent-a-car e falta de limitação de frota das mesmas, originando o chamado ‘dumping’ nos preços de aluguer e os consequentes problemas de gestão dessas empresas em termos financeiros”, frisou Miguel Pita.
A concluir, o ADN defende “uma abordagem equilibrada que promova o desenvolvimento económico sem descurar a qualidade de vida dos madeirenses” e a preservação do património natural. “É essencial implementar políticas que regulem o número de veículos de aluguer em circulação, garantindo que o crescimento do sector turístico seja sustentável e harmonioso com os interesses da população local.”