A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores para o dia de hoje, conforme avançava o JM na sua edição impressa de ontem, já conta com um percentual de adesão elevado, na Horários do Funchal, à volta de 70%.
O presidente do Conselho de Administração da empresa, Alejandro Gonçalves, acaba de falar ao JM, aclarando que para o dia de hoje precisavam de 60 motoristas e, desses, 52 aderiram à greve, traduzindo-se numa adesão maioritária a esta hora da manhã.
Neste momento, indicou a mesma voz, as zonas mais afetas são as zonas altas do Funchal.
“Esta greve foi convocada e aquilo que estão a por em cima da mesa é a redução das horas semanais e melhorias salariais”, começou por elucidar o responsável, não escondendo a surpresa.
Isto porque, conforme fez questão de evidenciar, “faz hoje um ano tivemos uma reunião com este sindicato [Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores]”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Horários do Funchal que ressalva que conseguiram, na altura, dar mais 1% no vencimento dos trabalhadores, há um ano atrás.
“Passado um ano, em 2025, todos os funcionários da HF tiveram aumento, têm 25 dias de férias que mais ninguém tem, mais o subsídio de insularidade, que mais ninguém tem”, referiu.
“Dá um aumento por mês de 97 euros”, isto, referindo-se em termos salariais.
Alejandro Gonçalves aclarou que o próprio Conselho de Administração da empresa está em gestão pelo que esperavam maior sensibilização por parte dos motoristas que sabem, conforme afirmou, que dificilmente, face ao atual quadro, conseguiriam ver as suas reivindicações cumpridas.
“Esta greve é mais politizada do que a favor do trabalhador”, sumarizou ao JM.