Will Packer, produtor da 94.ª cerimónia dos Óscares, revelou que a polícia estava pronta a deter Will Smith, após este ter agredido Chris Rock em direto.
As revelações foram feitas pelo responsável em entrevista ao 'Good Morning America', citada pelo Notícias ao Minuto, na qual deu conta de que se encontrou com o comediante e com agentes da polícia que colocaram em cima da mesa a possibilidade de prenderem o ator caso Rock apresenta-se queixa.
"Disseram, 'isto é uma agressão - foi a palavra que usaram naquele momento. Eles disseram, 'vamos buscá-lo. Estamos preparados para ir agora mesmo, pode apresentar queixa. Podemos detê-lo'. Estavam a dar as opções", começou por contar.
"E à medida que iam falando, o Chris rejeitou todas as opções. Foi do género, 'não, eu estou bem', mesmo quando eu disse, 'Rock, deixa-os ir'. Os agentes da LAPD [polícia de Los Angeles] acabaram de dar as opções e disseram, 'gostaria que tomássemos alguma medida?' E ele disse, 'não'", aditou.
Recorde-se que Will Smith agrediu Chris Rock durante a transmissão dos Óscares na madrugada da passada segunda-feira, 28 de março, após ter feito uma piada sobre o cabelo de Jada Pinkett Smith, mulher do intérprete, que sofre de alopécia, condição que a levou à decisão de rapar o cabelo.
A Academia dos Óscares garantiu que foi pedido ao ator que abandonasse a cerimónia, em que recebeu um prémio, mas este terá negado. Ainda assim, o conselho de governadores da instituição deu início a um processo disciplinar por violação das normas de conduta da Academia.
Entretanto, Will Smith emitiu um pedido público de desculpas ao humorista. "A violência, em todas as formas, é venenosa e destrutiva. O meu comportamento ontem [domingo] à noite nos prémios da Academia foi inaceitável e indesculpável. (...) Passei dos limites e errei. Tenho vergonha e os meus atos não corresponderam ao homem que eu quero ser", escreveu o ator numa declaração partilhada no Instagram.
Edna Baptista